Opinião

Morreu Almir, ídolo do Coxa na década de 1950

Por
Carneiro Neto
15/02/2023 11:14 - Atualizado: 04/10/2023 22:56
Almir, à esquerda, ao lado de Duílio e do treinador Felix Magno, no vestiário do Coritiba
Almir, à esquerda, ao lado de Duílio e do treinador Felix Magno, no vestiário do Coritiba | Foto: Arquivo

Nos tempos do futebol paranaense semiprofissional alguns jogadores se destacaram pela arte e habilidade de praticar o empolgante jogo. Um deles foi o curitibano Almir Carlos Manzochi, que faleceu, ontem, aos 90 anos de idade.

Ponta de lança e artilheiro, Almir jogou ao lado de personagens antológicos da história do Coritiba, tais como Hamilton, Fedato, Carazzai, Bequinha, Nico, Guimarães, China, Oda, Ivo, Duílio e tantos mais que deram grandes alegrias ao torcedor.

Com Almir, elenco do Coritiba campeão estadual em 1956. Foto: Arquivo
Com Almir, elenco do Coritiba campeão estadual em 1956. Foto: Arquivo

Craque como poucos, celebrizou-se por passagens curiosas, por exemplo, com outro fenômeno: Miltinho.

Durante partida decisiva com o Operário, no então estádio Belfort Duarte, o zagueiro Gabriel, do time de Ponta Grossa, tentou driblar Militinho, mas perdeu o domínio e o craque coxa-branca sentou na bola. Gabriel veio com tudo para tomar-lhe a bola, mas ele levantou, deu um chapéu no adversário e passou para Almir que se encaminhou em direção ao gol.

+ Confira todas as colunas de Carneiro Neto

Em outra ocasião, clássico Atletiba, na antiga Baixada, arremesso manual que Almir cobrou para Ivo – o famoso Cavalo de Pau – o qual dominou a bola no peito e esperou para colar no corpo do companheiro e rumar para a grande área adversária evitando a chegada dos zagueiros atleticanos por uns 15 metros.

Até que o volante Tocafundo resolveu esparramar os dois no gramado. O estádio Joaquim Américo inteiro não conseguiu conter os sorrisos. Cinco vezes campeão, morreu Almir, ídolo do Coxa na década de 1950.

Foi o tempo do presidente Aryon Cornelsen e do técnico uruguaio Felix Magno, que deixaram suas marcas no futebol paranaense.

Formado em odontologia, Almir exerceu a profissão durante décadas após ter abandonado o futebol profissionalmente, já que continuou disputando peladas nos diversos campos da cidade.

Velório na Vaticano.

Veja também:
"Neymar, com 32 anos e livre no mercado, é um presente"
"Neymar, com 32 anos e livre no mercado, é um presente"
Brasileirão 2024: quanto cada clube receberá de premiação?
Brasileirão 2024: quanto cada clube receberá de premiação?
Athletico contra a queda: veja risco de rebaixamento após empate com o Bahia
Athletico contra a queda: veja risco de rebaixamento após empate com o Bahia
Série B: Veja os times que conquistaram o acesso e os rebaixados
Série B: Veja os times que conquistaram o acesso e os rebaixados

Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...

+ Notícias sobre Carneiro Neto
Contrastes da dupla Atletiba e decepções generalizadas no futebol brasileiro
Carneiro Neto

Contrastes da dupla Atletiba e decepções generalizadas no futebol brasileiro

Torcida do Athletico quebra recorde, empurra o time e respira aliviada
Carneiro Neto

Torcida do Athletico quebra recorde, empurra o time e respira aliviada

Athletico e Seleção Brasileira chegaram ao limite da obrigação de vencer
Carneiro Neto

Athletico e Seleção Brasileira chegaram ao limite da obrigação de vencer

Morreu Almir, ídolo do Coxa na década de 1950