Incompetência levou Brasil ao caos: desse jeito, a bola terá mesmo de parar
O Campeonato Paranaense nem bem começou e já foi interrompido por decisão de autoridades sanitárias e, sobretudo, do Ministério Público Estadual.
Mesmo com protocolos bem formulados, sem público nos estádios e cuidados especiais de toda sorte, as autoridades entenderam que seria mais coerente suspender os jogos de futebol nos gramados paranaenses.
Mas a bola continua rolando em outros estados e a CBF acabou de lançar um longo e robusto calendário para esta temporada, com destaque a Copa do Brasil e o seu grande número de clubes participantes.
Ocorre que nenhum governante, seja municipal, estadual ou federal, teve a sensibilidade e, sobretudo, a coragem de decretar o isolamento total durante o carnaval e deu no que deu.
O brutal aumento de contaminações, internamentos e mortes, que se observa nos últimos dias em todo o país, nada mais é do que resultado dos abusos e descontroles praticados pela população durante o carnaval.
Não houve praia que deixasse de estar lotada, assim como festas particulares de toda sorte, bailões, viagens, enfim um espeto corrido de abusos.
Agora, ainda sem vacina para a maioria, o Brasil assiste a esse tremendo caos instalado pela incompetência, falta de previsão e iniciativa do Ministério da Saúde que só agora, no auge da crise, resolveu correr atrás de insumos e vacinas pelo mundo afora.
Desde o início todos somos vítimas da ausência de uma eficiente política nacional para combater a pandemia do coronavírus. E agora não tem volta.
Temos que esperar pelas vacinas que estão desembarcando em ritmo de conta gotas nos principais aeroportos do país. Desse jeito a bola terá mesmo de parar.
Simplesmente porque não há clima para competições esportivas, diante do quadro dantesco da praga incontrolável em todo território nacional.
Tudo isso é profundamente lamentável. Mas, tristemente, é a nossa dura realidade.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...