Carneiro Neto

Humor e a judicialização de Atlético, Coritiba e Paraná

Por
Carneiro Neto
10/12/2017 19:41 - Atualizado: 27/09/2023 19:36
Fabiano Soares, ex-técnico do Atlético, Lisca, ex-técnico do Paraná e Marcelo Oliveira, com futuro indefinido no Coritiba.
Fabiano Soares, ex-técnico do Atlético, Lisca, ex-técnico do Paraná e Marcelo Oliveira, com futuro indefinido no Coritiba.

Virou moda entre os clubes do futebol brasileiro levar para o Poder Judiciário os temas tradicionalmente decididos no âmbito esportivo.

A oposição política do Atlético, tentando defender os interesses das torcidas organizadas proibidas de entrar na Arena da Baixada e dos sócios que se sentiram prejudicados pelo sistema biométrico de identificação, solicitou a convocação de uma Assembleia Geral e deu-se mal.

A diretoria negou o pedido e a oposição judicializou um procedimento que, normalmente, deveria ser esclarecido pelos estatutos do clube. No recurso judicial, a diretoria ganhou a parada até segunda ordem.

No Coritiba, nem bem foi proclamada a eleição do candidato Samir Namur, para os derrotados João Carlos Vialle e Pedro de Castro admitir a hipótese de entrarem com recurso por possíveis irregularidades cometidas pela chapa vencedora.

O jovem Namur, oriundo das torcidas organizadas, venceu graças a profunda divisão política interna que tem atrapalhado as últimas gestões do Coritiba.

Com a nova moda, os termos jurídicos entraram de vez em campo e vamos fazer uma brincadeira, dentro do espírito natalino, mesclando gírias do cotidiano, com gírias próprias do futebol e a linguagem usada pelos advogados nos processos:

Com a queda do Coxa para a Segundona nacional a vaca foi pro brejo. Em linguagem jurídica seria “A fêmea ruminante deslocou-se para terreno sáfaro e alagadiço”.

A derrota para a Chapecoense azarou a comissão técnica e o time coxa-branca: “Eximiu de qualquer tipo de sorte”.

Os candidatos derrotados prometem recorrer do resultado e podem chutar o pau da barraca: “Derrubar, com a extremidade do membro inferior, o suporte sustentáculo de uma das unidades do acampamento”.

A chapa eleita mostra-se tranquila e quer assumir o comando do Coxa nem que a vaca tussa: “Sequer considerando a possibilidade da fêmea bovina expirar fortes contrações laringo-bucais”.

No Paraná, ao deixar o comando do time o técnico Lisca saiu chutando o balde: “Derrubar água pelo chão através do tombamento violento e premeditado do seu recipiente”.

Para a diretoria do Paraná nem a pau o time deixaria de voltar a série A: “Sequer considerar a utilização de um longo pedaço de madeira”.

No Atlético o supervisor Paulo Autuori pagou um mico ao criticar os sócios e torcedores que vaiaram o time: “Creditou um primata”.

Ao afirmar que não gostava de treinar a cobrança de pênaltis o treinador Fabiano Soares quebrou a cara: “Rompeu a face”.

Nem bem terminou o campeonato e Fabiano Soares levou um pé na bunda da diretoria atleticana: “Impulsionar a extremidade do membro inferior contra a região glútea de outrem”.

Nas idas e vindas da pendenga judicial em torno da convocação da Assembleia Geral no Furacão a oposição engoliu um sapo: “Deglutiu um batráquio”.

E a diretoria atleticana caiu matando em cima dos oposicionistas: “Derrubou com intenções mortais”.

As arbitragens irregulares do atual futebol brasileiro já encheram o saco dos torcedores: “Inflaram o volume da bolsa escrotal”.

E as promessas de melhoria no setor de arbitragem não passam de conversa mole pra boi dormir: “Prosopopeia flácida para acalentar bovinos”.

Evitando sair do país o presidente da CBF está dando uma de João sem braço: “Aplica a contravenção do senhor João, este deficiente físico desprovido de um dos membros inferiores”.

Com o aprofundamento das investigações os ex-presidentes da CBF e o atual terão de meter o rabo entre as pernas: “Colocar o prolongamento caudal em meio aos membros inferiores”.

Finalmente, com o calendário anual do futebol brasileiro os cartolas parecem estar de sacanagem com os profissionais e a torcida: “Acredita-se que V.Sas. apresentam comportamento galhofeiro perante a situação exposta”.

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Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...

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