Opinião

Andanças pelo glossário do futebol brasileiro

Tite.

Vira e mexe, com o passar dos anos, vemos alguns termos e expressões caírem no gosto de profissionais do futebol e torcedores. Entre chavões antigos e modismos atuais, verificamos algumas andanças no glossário do futebol brasileiro.

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Tradicionalmente, um glossário aparece no final de um livro e inclui termos citados que a obra introduz ao leitor ou que são incomuns para a maioria dos mortais. Se em passado profundo tivemos o exotismo do chamado “lazaronês”, presentemente convivemos com o “titês”.

Para quem não recorda, era uma referência à maneira como falava Sebastião Lazaroni, então técnico da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1990, na Itália. Ou agora, Tite, que comandará o time nacional na Copa do Qatar em novembro.

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Mas a linguagem do futebol continua viva. O acima da média foi uma expressão que substituiu o “diferenciado”, adjetivo gasto pelo tempo de uso. Goleada histórica tem tudo a ver com os 7 a 1 da Alemanha aplicados no Brasil na indigesta Copa de 2014.

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Pragmático, no sentido pejorativo, quer dizer “burocrático”, sem criatividade ou sem ousadia. Mais ou menos como o time do Athletico de Felipão vem jogando desde que se classificou para a final da Copa Libertadores da América, em Guayaquil.

Outro termo muito usado em época de Copa do Mundo por treinadores, comentaristas ou mesmo jogadores é “igualar a pegada”. Na boa acepção, significa um time que marca firme no meio-de-campo, sem dar espaço para a criação adversária, pressionando para roubar a bola.

Compactar tem sido muito usado pelo técnico Guto Ferreira, do Coritiba. É a forma que ele escolheu para descrever o retorno e a reaproximação dos jogadores de marcação quando o time perde a bola.

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Substitui o surrado “congestionar” o setor, ou seja, a velha e nada boa “retranca”. Mas a última novidade dos treinadores novidadeiros é dizer “o último terço do campo”. Seja lá o que isso represente na prática. Pelo menos é mais suave aos ouvidos do que “comprometimento”.

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