O futebol passa por transformações e o Real Madrid continua numa boa
Para quem está envolvido com o futebol há muitas décadas, como é o meu caso, impressionam as mudanças verificadas nos últimos tempos.
Jamais imaginei ver a seleção brasileira tão desprestigiada, esperava que os times brasileiros melhorassem com a criação da Lei Pelé e a implantação do projeto de sociedade anônima do futebol mas eles estão há 12 anos sem ganhar o mundial de clubes, apostava no surgimento de uma nova geração de craques o que não se confirmou, contava com arbitragens mais seguras com a chegada do VAR e acreditava no aparecimento de treinadores brasileiros modernos e inovadores, o que também não se registrou.
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Sendo assim, o tempo passa, o tempo voa, o futebol passa por transformações e o Real Madrid continua numa boa.
Vira e mexe e os merengues espanhóis são campeões mundiais de clubes, confirmando que a sua gestão é a mais inteligente e mais eficiente do futebol. E sem SAF.
Fiquemos com os técnicos nesta crônica, pois choca, profundamente, o desprestígio dos brasileiros que perderam espaço para argentinos e, sobretudo, portugueses. Dentre os estrangeiros, o que mais me chama a atenção é o argentino Juan Pablo Vojvoda, que realiza trabalho exemplar na direção do Fortaleza.
Os portugueses já deixaram marca indelével de competência desde a passagem de Jorge Jesus pelo Flamengo, agora de Abel Ferreira pelo Palmeiras e Artur Jorge pelo Botafogo, entre outros.
Tenho observado com atenção alguns personagens interessantes que marcaram nos últimos anos, como o alemão Jurgen Klopp, por exemplo.
Realizou uma profícua administração no Liverpool, chegando à conquista do sonhado mundial de clubes na temporada 2019-20, que atualmente lidera a Premier League sob o comando do holandês Arne Slot.
Kloop, à partir de janeiro de 2025, assumirá como chefe de futebol global do Grupo Red Bull. É capaz de cruzarmos com ele, qualquer dia, na estação rodoviária de Bragança Paulista.
Outro fenômeno é Pep Guardiola, atualmente profundamente desgastado com a má performance da equipe do Manchester City, em sétimo lugar na Premier League e sem pinta de que vai se recuperar logo.
Guardiola vem dando show desde os tempos em que se tornou campeão mundial pelo Barcelona ao golear o Santos por 4 a 0, na final em 2011. Repetiu o placar e o feito ao bater o Fluminense na decisão em 2023. Agora tem sido contestado e pode optar por dirigir uma seleção.
Se Ronaldo Fenômeno for eleito presidente da CBF, como se espera, talvez a seleção ganhe Guardiola ou o campeoníssimo Carlo Ancelotti. Daí o desafio será descobrir bons jogadores que mereçam vestir a camisa canarinho...
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Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...