Felipão provocou uma nova onda de empolgação no Athletico
Os primeiros meses do ano de incertezas, incessantes troca-troca de membros da comissão técnica e contratações aos magotes começam a fazer parte do passado no CT do Caju. Felipão provocou uma nova onda de empolgação no clube e, sobretudo, na torcida atleticana.
Cito nova onda pelo momento de euforia dentro e fora do campo, mas recordando a “nouvelle vague”, movimento artístico contestatório do cinema francês no clima de reconstrução da Europa no pós-guerra.
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Quem participou do movimento tornou-se famoso, tanto diretores ou roteiristas, atores e atrizes. Guardadas as devidas proporções, sinto a alegria que toma conta de todos os envolvidos no processo de reconstrução do Athletico após a chegada do consagrado treinador.
Mesmo fortemente chamuscado pelos 7 a 1 da Alemanha na Copa do Mundo de 2014, Felipão manteve o prestígio pela forma como trabalha. Disciplinador, leal com os jogadores e coerente dentro dos seus princípios não tem sido diferente na sua até aqui vitoriosa passagem pelo Furacão.
Recuperou alguns jogadores que se mostravam inseguros, recolocou outros que estavam meio perdidos dentro da concepção de jogo estabelecida pelos antecessores Alberto Valentim e Fábio Carille. Agora começou a colher os frutos das suas escolhas.
É importante aproveitar a onda de otimismo que vem tomando conta do time para garantir o resultado da classificação na Copa Libertadores da América. O Libertad é um adversário que merece respeito, mas depois do triunfo sobre o Palmeiras aumentaram significativamente os teores de confiança e determinação dos atleticanos.
Afinal, como escreveu Machado de Assis, “é melhor cair das nuvens do que de um segundo andar”.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...