Felipão acerta Athletico no atacado e no varejo
Depois de algumas experiências recheadas de altos e baixos com António Oliveira, Alberto Valentim e Fabio Carille, o Athletico parece ter encontrado solução a longo prazo com Felipão.
Pode se criar diversos conceitos para explicar o sucesso do
experiente e vitorioso técnico em pouco tempo de trabalho no Furacão.
Um filosófico – a discussão sobre objeto e sujeito – e outro estético – a forma como o time se apresenta em campo – que impulsionam Felipão na sua longa carreira. Algumas coisas podem ter saído erradas, mas o saldo é amplamente positivo.
Na parte filosófica enxergo o melhor do tarimbado treinador: ele se preocupa com o ser humano antes de cobrar resultados do profissional em campo.
Ou, por outra, o trabalho psicológico por ele desenvolvido na recuperação de Pablo, Khellven, Abner, Christian e outros jogadores que se mostravam inseguros com os antigos orientadores, deve ser muito valorizado.
Na parte estética Felipão acerta no atacado e no varejo.
Primeiro, por ter conseguido eleger um time principal, coisa que os anteriores comandantes revelaram dificuldade para fazer.
Claro que ainda cabem retoques, até porque falta um primeiro
volante de categoria – Hugo Moura que tem jogado bem é mais meia do que volante
– e Vitor Roque fatalmente será o dono do comando do ataque.
Mas o importante para o torcedor atleticano no momento é que foi suspenso aquele espeto corrido de besteiras - para não usar termo mais forte - que os treinadores vinham fazendo.
Agora a torcida sabe quase de cor a escalação, o jeito da equipe se apresentar e as possibilidades que se descortinam até o final da temporada.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...