Em nova atuação confusa, Athletico escapa de goleada do Fortaleza
Está ficando cada vez mais difícil para os comunicadores esportivos explicar aos ouvintes,
telespectadores e leitores a razão de tantas apresentações decepcionantes e,
consequentemente, derrotas amargas do Athletico.
Neste novo fracasso, pelo menos o Fortaleza é um time com maiores recursos técnicos do que os sofríveis Danubio e Sportivo Ameliano, que conseguiram sair vitoriosos da Arena da Baixada. Então, vamos esquecer os vexames recentes pela Copa Sul-Americana e tratar da nova derrota e consequente perda da liderança no Brasileirão.
Mesmo levando em conta que a ausência de Fernandinho afundou, definitivamente, o que restava de organização no meio de campo é absolutamente desconcertante a coleção de jogadorzinhos contratados para a formação do elenco do Athletico no ano do seu centenário.
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As tentativas de Cuca para a reorganização do time não apresentaram nenhum efeito prático, já que o entra e sai de jogador com baixo nível técnico inibe qualquer mudança no panorama. E isso ficou bem claro com as mexidas e remexidas neste novo fracasso simplesmente porque faltam craques no grupo.
Basta observar que o veterano Nikão foi o único jogador com um pouco de lucidez, já que Erick, Christian, Filipinho, Zé Vitor, Zapelli e Julimar não demonstraram personalidade para iniciar uma tabela em direção ao gol, uma triangulação ou algo semelhante.
Foi só correria inconsequente e pouca criatividade. Posse de bola não significa objetividade e intensidade na busca da vitória, pois é um festival de bolinha jogada para os lados e nada mais.
O drama do treinador foi tão grande que ele chegou à desesperada escalação dos seus três
centroavantes – Pablo, Di Yorio e Mastriani, pela ordem de entrada – mas a bola não chegou, pois faltam alas de alto padrão e, obviamente, meias de criação de categoria.
A fase é tão negativa que até o monumental goleiro Bento falhou no lance que resultou no gol do Fortaleza. Mas em compensação, ele evitou o pior, pois em nova atuação confusa o Athletico escapou de uma goleada graças ao seu celebrado arqueiro de seleção e aos gols perdidos por Moisés no Estádio Presidente Vargas.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...