É grave a crise da arbitragem no futebol brasileiro
A queda do padrão ético, moral e social do Brasil nos
últimos trinta anos preocupa qualquer um com mais de três neurônios.
Claro que tem a ver com maus governantes, políticos corruptos e a instabilidade econômica mundial que afeta todos os países.
Agora, ainda surge esse Putin, aprendiz de Czar com cara de
estalinista para massacrar o povo ucraniano e agravar a crise econômica que
avassalou o mundo durante a pandemia do covid.
No nosso passado recente os países eram classificados como
desenvolvidos, em desenvolvimento e subdesenvolvidos.
Nações mais pobres, como o Brasil, por exemplo, levavam o título de subdesenvolvidas ou em desenvolvimento, dependendo da ideologia política de quem estava versando sobre a realidade em questão.
Na virada do século aquelas classificações foram sendo deixadas de lado, substituídas por desenvolvidos, emergentes e não emergentes. Integrante do Brics, acompanhados pela China, Rússia, Índia e África do Sul, viramos emergentes.
Porém, em alguns aspectos continuamos subdesenvolvidos e, no
que concerne a este espaço, o futebol brasileiro decaiu: há vinte anos não
conquistamos uma Copa do Mundo, há dez anos não vencemos o Mundial de Clubes, a
seleção nacional perdeu prestígio e a arbitragem afundou de vez.
Fiquemos hoje com o apito, pois é grave a crise da arbitragem no futebol brasileiro. Esperava-se que com a implantação do VAR melhorasse o nível.
Longe disso. Até os monitores que operam os aparelhos
eletrônicos na cabine do VAR estão se atrapalhando e contribuindo com a crítica
generalizada a esse importante setor do futebol.
Basta comparar o comportamento beirando a perfeição dos
árbitros e bandeirinhas europeus nos jogos que a televisão mostra à tarde com
as trapalhadas dos brasileiros nas partidas apresentadas à noite.
Se no futebol europeu raramente o apitador recorre a telinha
para dirimir dúvidas, aqui quase em todos os jogos perde-se tempo com as
trapalhadas registradas no campo e na cabine.
O torcedor perde a paciência com tanta incompetência. Esperamos que a limpeza geral feita no setor de arbitragem da CBF produza efeitos positivos. Amém.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...