Dupla Atletiba inicia maratona do tudo ou nada
Depois dos últimos resultados decepcionantes, os torcedores de Athletico e Coritiba indagam sobre o futuro das suas equipes no Brasileirão.
Claro que, aparentemente, as coisas ficaram fora do controle dos treinadores Thiago Kosloski e Wesley Carvalho, mas a única certeza mesmo é que a dupla Atletiba inicia maratona do tudo ou nada.
Primeiro, é importante destacar que os dois treinadores conhecem futebol e se contassem com melhores opções nos respectivos elencos, a situação seria diferente. No caso de Kosloski, ele chegou a ser efetivado no cargo em demonstração de confiança da direção da empresa que comanda o Coritiba.
Entretanto, essa mesma direção de futebol cometeu tantos equívocos nas escolhas dos jogadores, que comprometeu sensivelmente qualquer possibilidade de uma boa campanha. Sinceramente, há muito tempo não via tanto jogador medíocre reunido em um mesmo grupo, como esse que afunda o Coxa em mais uma queda para a aziaga Série B.
Os dois próximos jogos devem indicar o futuro do time na competição, pois se não somar pontos diante de América-MG e Cruzeiro, que se encontram no mesmo balaio, a coisa ficará feia mesmo.
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Wesley Carvalho, que a torcida, equivocadamente, trata como estagiário, é um profissional experiente e que poderia fazer grande trabalho se também contasse com melhores jogadores.
Ele não tem culpa se a diretoria promoveu verdadeiro festival nas contratações desta temporada, com nível técnico discutível.
Na defesa é um entra e sai de zagueiros, cada qual mais deficiente que o substituído; no meio de campo falta um primeiro volante de primeira linha, desde que Wellington deixou o clube; como Fernandinho tem se revelado ótimo enquanto consegue acompanhar o ritmo da partida, mas sem completar o tempo no mesmo padrão de excelência, as coisas se complicaram. A ausência do meia armador Christian revelou-se fatal tanto quanto a de Vitor Roque na parte ofensiva.
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O elenco mal formado e a demora para correções, com o presidente do clube adoentado e apostando em executivos mais interessados nos bons negócios do que na possibilidade de o time ganhar um título importante, tem custado caro ao sentimento da torcida. E pelo jeito não vai mudar tão cedo.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...