Dupla Atletiba continua desafiada a confirmar o favoritismo para a decisão do título
Claro que a derrota do Maringá para o Amazonas e a sua consequente eliminação na Copa do Brasil, dentro do estádio Willie Davies, modificou a projeção da rodada semifinal do Campeonato Paranaense.
Mas a dupla Atletiba continua desafiada a confirmar o favoritismo para a decisão do título.
A começar pelo Coritiba que mantém longa invencibilidade nos seus confrontos com o Maringá e melhorou sensivelmente após a contratação do avante Leandro Damião. Não só pelos recursos técnicos e pela experiência de Leandro Damião, mas pelo fato de ele ter se integrado ao clube exatamente no momento delicado da inesperada eliminação na Copa do Brasil para o bravo Águia de Marabá .
O treinador Guto Ferreira exercitou longo trabalho de conscientização nos jogadores para que conseguissem superar o trauma da derrota fatal no torneio nacional que oferece a melhor premiação em dinheiro. Teve de promover mudanças na defesa, corrigir posicionamentos no meio de campo e, finalmente, melhorar o rendimento do ataque que deslanchou nos jogos com o Cianorte.
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Agora o Coxa cruza com um Maringá inevitavelmente abalado pelo fracasso dentro de casa e entra na disputa semifinal com a coroa de favorito.
A mesma coroa que serve na cabeça do Athletico nos dois jogos com o Operário. Só que, ao contrário do Maringá, o Fantasma conseguiu passar para a terceira fase da Copa do Brasil pela primeira vez em sua longa história e isso encheu o time de Rafael Guanaes de otimismo e confiança.
Mas a estreia de Cuca no comando do Furacão, com a extravagante goleada de 6 a 0 sobre o Londrina, virou a chave na Baixada. Acabou o lero-lero inconsequente de Juan Carlos Osorio e entrou a objetividade e o profundo conhecimento de Cuca, um profissional vitorioso e consciente da importância histórica no ano do centenário do seu time de coração.
Os jogadores do Athletico mudaram o comportamento nas manifestações públicas através das entrevistas e a postura dentro de campo com a reclamada definição do onze titular e as variações naturais que compõem o sistema de jogo do futebol moderno.
Ou seja, não se joga mais com onze ou quinze jogadores, mas com vinte e talvez mais, que rodam dependendo das circunstâncias do momento. Mas a escolha dos titulares é fundamental para o entrosamento e, sobretudo, a auto estima dos eleitos pelo comando técnico.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...