Dorival Júnior e o difícil trabalho de reorganizar a seleção brasileira
Ninguém pode afirmar que o futebol brasileiro deixou de revelar bons jogadores nas duas últimas décadas.
O que acontece é que não conseguimos mais apresentar craques fora de série como houve no passado, com ou sem conquista mundial expressiva, como, por exemplo, na geração sem títulos de Zico, Cerezo, Falcão, Junior, Sócrates e outros.
Claro que os super craques, que nos encheram de alegria com a conquista do pentacampeonato mundial, gravaram eternamente os seus nomes em nossas memórias.
+ Siga o UmDois no Threads e no BlueSky
Mas a nova geração, com jogadores rapidamente se tornando milionários e autossuficientes, não tem conseguido oferecer os resultados esperados, tanto pelo baixo padrão nas apresentações da equipe nacional quanto nas campanhas fracassadas nas últimas cinco copas.
O difícil trabalho de reorganizar a seleção brasileira continua desafiando os treinadores mais renomados do país e não tem sido diferente com Dorival Júnior.
+ Leia as colunas de Carneiro Neto no UmDois
Parece evidente que insistir com Danilo, Marquinhos ou Paquetá é perda de tempo, assim como está muito claro que sem criatividade no meio de campo será improvável a ressurreição do padrão de qualidade que consagrou o futebol brasileiro.
Mas se a defesa é insegura e a meia cancha pouco producente, os atacantes abundam e o treinador certamente esquentará a cabeça para escolher o trio ou o quarteto ofensivo, dependendo das circunstâncias.
Aí estão Luiz Henrique, Igor Jesus, Raphinha, Rodrygo, Endrick, Vinicius Jr e mais alguns gastando a bola.
O triunfo, de virada, sobre o Chile foi importante, mesmo com futebol irregular e claramente com a seleção sem padrão de jogo coletivo definido.
Estamos jogando pelo resultado, pois o fundamental, diante dos acontecimentos e da nova dura realidade, será a classificação para a próxima Copa do Mundo. E nada melhor do que voltar a ganhar, terça-feira, do Peru, em Brasília.
Siga o UmDois Esportes
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...