Está difícil entender a política do futebol atleticano
Que administrativamente, economicamente, financeiramente, patrimonialmente e socialmente a gestão de Mario Celso Petraglia é um sucesso, ninguém discute. Entretanto, está difícil entender a política do futebol atleticano nos últimos meses.
O ano passado foi repleto de experiências com treinadores e jogadores, culminando com eliminações na Libertadores e na Copa do Brasil, dentro da Arena da Baixada, e uma campanha fraca no Brasileirão, que resultou apenas na obtenção da vaga para a Sul-Americana no ano do centenário do clube.
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E o planejamento para esta temporada foi um desastre, com contratações de jogadores tecnicamente medianos, mudanças no comando do futebol e na direção técnica da equipe, com três treinadores – Osorio, Cuca e Varini – em apenas sete meses.
E o time continua irregular, desencontrado e provocando a irritação da torcida, particularmente pela indigesta sequência de derrotas em plena Arena da Baixada.
O fracasso diante do time reserva do Grêmio esgotou a paciência do torcedor que não economizou vaias nem para o veterano ídolo Nikão.
Gostaria de entender o rodízio no elenco do Athletico
Gostaria de entender o pensamento dos novos treinadores que afirmam rodar o elenco quando se disputa três torneios paralelos, como é o caso do Furacão nas últimas temporadas. Primeiro é uma bobagem porque o futebol sempre teve dois jogos por semana e, agora, reclamasse do calendário.
Os profissionais têm razão, pois os campeonatos estaduais constituem-se em problema para os grandes clubes, como é o caso do Athletico, e soa absurda a proposta do presidente da Federação para o retorno da anacrônica Copa Sul-Minas. Uma ideia risível!
Voltemos ao rodar o elenco, mas desde que se tenha, efetivamente, grandes opções, o que não é exatamente o caso do atual grupo de jogadores, tanto que Cuca perdeu a tramontana quando teve certeza de que reforços de categoria não seriam contratados.
Assim sendo, a torcida atleticana deve continuar atenta e não abrir mão do seu direito de protestar contra a má gerência no futebol do clube.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...