Devemos cobrar mais eficiência dos bem pagos técnicos de futebol
Não é porque Felipão fracassou no comando da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2014, ou porque Tite ficou devendo melhor trabalho nas duas últimas copas, que devemos cobrar mais eficiência dos bem pagos técnicos de futebol.
No caso específico do selecionado nacional, os jogadores também têm responsabilidades. Sobretudo aquelas cabeças coroadas que ficaram milionários jogando na Europa e decepcionaram completamente nos últimos anos.
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Vamos tratar dos treinadores de clubes, que também não conseguem ajeitar os times.
Prefiro ficar com a avaliação dos técnicos que dirigem as três melhores equipes deste Campeonato Paranaense.
Rafael Guanaes, que recuperou o Operário após a desastrosa performance do ano passado, quando caiu para a Série C do Brasileirão, mantém elevado conceito no mercado local. Pelo menos falam muito bem dele no CT do Caju, onde trabalhou nas categorias de base.
O que não ocorre com o português António Oliveira, que não deixou saudade no Athletico. Ele está tentando colocar o Coritiba nos eixos, mas claramente enfrenta dificuldades nos três setores do time.
Gustavo Morínigo trouxe o Coxa da Série B para a A e Guto Ferreira conseguiu mantê-lo na elite do futebol brasileiro. O desafio de António Oliveira é igualar o rendimento dos dois antecessores, mas o padrão de jogo está deixando a desejar. Perdeu a invencibilidade apenas na última rodada, é verdade, mas escapou por pouco nos confrontos com o Maringá e o Athletico.
Paulo Turra tem em suas mãos um elenco de nível técnico mais apurado, porém, ainda não conseguiu eliminar a grave deficiência da zaga nas bolas altas; o meio de campo cresce com Fernandinho e Terans, mas baixa a rotação sem eles e terá de encontrar um lugar para Vitor Roque no ataque.
Para muitos, será difícil harmonizar a super revelação Vitor Roque com o experiente artilheiro Pablo.
Nesse caso prefiro aguardar a movimentação das peças no tabuleiro do xadrez atleticano.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...