Derrota exótica do instável Athletico mostra que coisa está feia na Baixada
Após ser finalista da Copa Libertadores da América, o Athletico vem descendo ladeira
abaixo com campanhas irregulares nos últimos 17 meses – e a derrota para o Sportivo Ameliano, em casa, pela Sul-Americana, mostrou que a coisa está feia.
O bicampeonato paranaense foi importante, mas não tem o mesmo valor do passado. Trocou cinco treinadores nesse período e contratou verdadeira multidão de jogadores. As críticas e os comentários sobre os critérios adotados nas contrações comprovaram-se corretos simplesmente porque a falta de melhores jogadores faz do Athletico um time instável.
Nem Cuca, com a sua larga experiencia e profundo conhecimento, está conseguindo colocar as coisas em ordem pela carência de profissionais mais categorizados na composição da equipe.
+ Leia todas as colunas de Carneiro Neto
Os alas são esforçados, mas longe de representarem solução para as importantes funções.
Falta um primeiro volante de alto padrão e personalidade para aumentar a confiança do grupo, pois sem Fernandinho essa deficiência ficou bem clara na exótica derrota para o fraco Sportivo Ameliano, dentro da Arena da Baixada.
Os considerados armadores apresentaram rendimento sofrível, já que Erick correu muito e produziu pouco, Alex Santana foi absolutamente ineficiente e ainda perdeu um gol imperdível, Zapelli precisa amadurecer mais para merecer a titularidade e Cuello...
Bem, quando Cuello torna-se o principal articulador da meia-cancha é sinal de que a coisa está feia.
O excesso de chuveirinho sobre a área adversária deixou o torcedor atleticano sonolento; restaram Canobbio e Pablo, com boas atuações.
Aí é que Cuca contribuiu para o fracasso, demorando muito para tentar arrumar o meio de campo, deixando Mastriani de fora, logo ele que se entende muito bem com Pablo e Cannobio na frente.
O Furacão sofreu o gol aos 15 minutos e, mesmo com todo o tempo para até virar o placar, se possuísse um time com melhores jogadores, ficou na pressão desenfreada sem inspiração.
O que seria melhor para organizar o jogo? Personalidade, bola no chão para promover
tabelinhas, triangulações e chegada na linha de fundo para desarticular o sistema de retranca do adversário. Mas dá-lhe correria sem sentido e chuveirinho, muito chuveirinho.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...