Mais um fim de semana perdido com a mediocridade da Data Fifa
Há mais coisas entre o Céu e a Terra do que supõe vossa vã sabedoria. Esta frase contida na peça Hamlet, de Shakeaspare, bem pode ser dirigida à vida moderna em geral – empiricista, prometeica e totalitária -, que parte do axioma de que não há realidade fora da experiência sensorial e nada reconhece além de seus estreitos limites.
Diante das tendências políticas idiotas espalhadas pelo mundo, cada vez mais influenciadas pelas redes sociais do que pelo bom senso e equilíbrio cultural; das guerras absurdas provocadas para atender interesses pessoais ou de grupos claramente canalhas; pelo desequilíbrio da natureza causada pela imbecilidade da humanidade com um novo e desordenado clima no planeta, agora tivemos mais um fim de semana perdido com a mediocridade da Data Fifa.
Que mundo louco!
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A Fifa, as confederações continentais e as federações esportivas nacionais conseguiram, finalmente, avacalhar o simples, querido e sagrado domingo de bom futebol.
Em vez dos jogos entre os nossos times de coração, em campeonatos estaduais ou nacionais, tentam nos jogar na cara o futebol internacional com partidas horrorosas da Europa, da América do Sul ou de outros recantos. As tais Eliminatórias da Copa do Mundo são lixo puro.
Excesso de times, exagero de geopolítica e, sobretudo, ganância de superfaturamento das entidades que controlam o futebol mundial de maneira escandalosamente comercial sem qualquer compromisso com a qualidade técnica dos confrontos.
Tudo é dinheiro, tudo é interesse político, seja na guerra ou no esporte. Que nojo!
Se continuar assim o torcedor autentico do futebol bem jogado vai desistir. Simplesmente vai virar a chave e procurar outras atrações nos canais de televisão, streamings, internet e outros diabos que invadem as nossas telas.
Ou alguém está feliz em ver o Neymar jogando com má vontade, o Richarlison sem condições técnicas e os cartolas remunerados cada vez mais medíocres e sem vergonha na cara agarrados eternamente nos cargos que ocupam nos clubes e nas confederações?
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...