Cuca vai remontando o Athletico jogo a jogo com sucesso
Apesar de ser o ano do centenário de fundação, a diretoria do Athletico realizou péssimo planejamento para esta temporada.
Demorou para escolher o novo técnico e errou feio na opção pelo histriônico Juan Carlos Osorio, que acabou destituído após um festival de equívocos operacionais e declarações contraditórias; contratou excessivo número de jogadores estrangeiros, alguns que dificilmente serão aproveitados diante de suas limitações técnicas, e apostou todas as fichas em Cuca.
Experiente, profundo conhecedor do futebol, campeão por onde passou, Cuca tratou de juntar os cacos do elenco, levantar o moral de todos e promover as mexidas necessárias. Com pouquíssimo tempo para conhecer o elenco, conseguiu a classificação para as semifinais e finais do Campeonato Paranaense, com todo o jeito de que chegará ao título de campeão, sábado, na Arena da Baixada.
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Antes, fará a estreia na Copa Sul-Americana, diante do Sportivo Ameliano, em Assunção.
Não será por falta de desafios que o trabalho de Cuca deixará de ser reconhecido, afinal tem mais daqui 15 dias com o início do Campeonato Brasileiro e, mais adiante, a estreia na Copa do Brasil.
Como conta com grandes goleiros revelados no CT do Caju – mérito da diretoria, diga-se, por imperativo da verdade – e um miolo de zaga experiente, o técnico tem se dedicado às experiencias nas duas alas e, sobretudo, no meio de campo, já que no ataque ele conta com o lépido, mas mal finalizador, Canobbio, e os avantes Pablo e Mastriani, ambos de alto nível. Os demais atacantes não passam de esforçadinhos, nada mais.
Porém, a grande interrogação está concentrada no meio de campo por onde transitam de cinco a sete jogadores de bom padrão, porém, com características bem diversas. Alguns com mais força, outras com maior refinamento no trato da bola.
Todas as esperanças, portanto, estão depositadas no conhecimento e na vivência de Cuca, que vai remontando o Athletico jogo a jogo com sucesso.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...