Cuca tenta a reconstrução do time do Athletico - Parte 2
Mal planejado pela sua direção de futebol para o ano do Centenário, o Athletico tem causado surpresas ao seu torcedor. Algumas positivas, como a conquista do bicampeonato estadual e, entre outras, a vitória sobre o Internacional e o Palmeiras; outras negativas, como entregar de bandeja o triunfo nos acréscimos do tempo de jogo para o Ypiranga, em Erechim, pela Copa do Brasil e as duas desconcertantes derrotas para os fracos Danubio e Spotivo Ameliano, em plena Arena da Baixada, pela Copa Sul-Americana.
Com um elenco mal formado, apenas com apostas e sem craques verdadeiros, pelo menos do nível de Bento, Thiago Heleno, Fernandinho e mesmo de Nikão, o equívoco na contratação do treinador Osorio agravou ainda mais a estruturação da equipe.
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Reabilitação do Athletico, de Cuca, passa por janela de contratações
Foi contratado o experiente e vitorioso Cuca que, como atleticano de coração, aceitou o desafio e num primeiro momento conseguiu juntar os cacos do confuso elenco acumulando uma breve série de resultados satisfatórios. Mas, de repente, o Furacão começou a desandar e todas as fichas da aguardada reabilitação se voltam para a abertura da janela de contratações em julho. Até lá, entretanto, o técnico terá que se virar com o que tem. Assim sendo, Cuca tenta a reconstrução do time do Athletico - Parte 2.
Ele parece quase um Sísifo moderno empurrando a pesada pedra atleticana montanha acima. Para quem não sabe ou não lembra, Sísifo era considerado o mais estatuto de todos os mortais na mitologia grega. Até que pisou no tomate e o poderoso Zeus o condenou a rolar uma pedra de mármore até o topo da montanha e quando ele chega lá cima rola para baixo eternamente.
Não é bem o caso de Cuca, que tem vínculo contratual por tempo determinado, e o dia em que cansar de carregar a pedra simplesmente pedirá para sair. Até que isto aconteça, entretanto, ele continua trabalhando com entusiasmo e acreditando nas possibilidades de recuperação logo nas duas próximas partidas, em casa, frente ao Criciúma e o Flamengo, pelo Brasileirão.
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Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...