Análise

Coxa e Fantasma, um clássico de tradição

Por
Carneiro Neto
23/07/2021 11:17 - Atualizado: 04/10/2023 17:57
Coritiba x Operário.
Coritiba x Operário. | Foto: Arquivo/Gazeta do Povo

Depois dos maus resultados no meio da semana pela Série B do Campeonato Brasileiro – Coritiba 1 x 1 CRB e Avaí 1 x 0 Operário – os dois representantes paranaenses se enfrentam neste domingo, em Ponta Grossa. Coxa e Fantasma, um clássico de tradição, que reúne dois dos quatro times mais antigos do futebol paranaense, pois o Rio Branco, de Paranaguá, já festejou o centenário e o Athletico prepara a comemoração para 2024.

Rivais antigos, Operário e Coritiba já decidiram títulos estaduais, realizaram partidas empolgantes e se identificaram com a utilização de jogadores dos dois lados. Historicamente a primeira partida de futebol no Paraná aconteceu em Ponta Grossa, logo após a fundação do Coritiba, em 1909, que jogou com o Tiro Pontagrossense no campo que havia onde atualmente se localiza o cemitério São José, no centro da cidade.

O Operário surgiu alguns anos depois e sua origem não tem nada a ver com o Tiro, que era um clube da elite, enquanto que os operários ferroviários é que fundaram o time atual. O nome do bairro já diz tudo: Vila Oficinas. Onde se faziam os consertos e a manutenção das máquinas de trem e dos vagões de carga e de passageiros. Bons e saudosos tempos da Maria Fumaça apitando na entrada das cidades por onde passava.

Muito popular na região dos Campos Gerais, o Fantasma revelou jogadores que depois defenderam o Coritiba, tais como Duílio Dias, grande artilheiro da década de 1950 e pai do zagueiro Duílio, lançado jovem no Alto da Glória e que teve carreira de sucesso.

Depois trocaram o Operário pelo Coxa os meio campistas Hélio Silvestri e Fiúza e os atacantes Leocádio e Otavinho. No caminho inverso, o artilheiro Padreco encerrou a carreira no Fantasma. No momento, o time de Mateus Costa procura encontrar o equilíbrio tático-técnico, alternando boas e más atuações, com a agravante de não estar conseguindo tirar proveito do fator mando de campo.

Já o técnico Gustavo Morínigo tenta manter a unidade e a motivação do elenco em meio a uma grave crise financeira que provoca desagrado entre os jogadores. Momento difícil, sem dúvida, mas é sempre gostoso assistir as duas equipes se enfrentando e não será diferente neste final de semana.

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Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...

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