Time do Coritiba tem sido gigante em casa e anão fora
Está correto o técnico Gustavo Morínigo ao chamar a atenção do grupo de jogadores após a decepcionante atuação do Coritiba na derrota para o Atlético-GO. Foi praticamente a repetição do que se viu na eliminação do Coxa pela Copa do Brasil diante do Santos, na Vila Belmiro.
Em "As Viagens de Gulliver", o escritor inglês Jonathan Swiff faz o herói viajar por países imaginários, sendo que em Liliput os habitantes têm apenas 15 centímetros de altura e, em Brobdingnag, têm 18 metros.
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Lembrei dessa obra de ficção satírica em que se pretendeu criticar a sociedade inglesa e as instituições políticas da época. Claro que tem a ver com o time do Coritiba que se mostra gigante quando joga no Alto da Glória e se transforma em anão como visitante.
Talvez seja o caso do experiente supervisor René Simões chamar a responsabilidade do elenco, até para aliviar um pouco a carga do paraguaio Morínigo, que realiza trabalho competente na organização técnica e tática da equipe.
Se ainda não fez, René Simões sabe lidar com esse tipo de situação na qual os jogadores se empenham, se aplicam mais diante da torcida e alcançam resultados positivos. Entretanto, esses mesmos jogadores se acomodam fora de casa e demonstram insegurança e, sobretudo, falta de personalidade.
Com uma defesa equilibrada, uma meia-cancha operosa e um ataque realizador surge inaceitável para o torcedor coxa-branca a atitude liliputiana do time nesta temporada nacional.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...