Coritiba fraquejou de novo e encerrou o turno de forma melancólica
Que estava tudo errado no planejamento do futebol do Coritiba não resta a menor dúvida.
Tanto que os conselheiros e os dirigentes tiveram o bom senso de repassar o comando para os investidores do grupo que assumiu o futebol através da SAF.
Os novos gestores tomaram diversas providências, mas pela profundidade da crise tudo indica que vai levar algum tempo para uma mudança no panorama sombrio que tomou conta do clube.
Agora, o Coritiba fraquejou de novo e encerrou o turno do Brasileirão de forma melancólica.
Chegou a fazer 1 a 0 no Corinthians, na Neo Química Arena, o
que não é pouca coisa, mas entregou-se por bem na etapa complementar do jogo.
Nem bem começou o segundo tempo e desmoronou o sistema de marcação do Coxa. Aqui abro um parêntese para a nova diretoria e para a comissão técnica refletir: pelo elenco tecnicamente limitado que possui, se o Coritiba não jogar com aplicação e intensidade, o tempo todo e em todas as partidas, dificilmente conseguirá evitar o rebaixamento para a Série B.
Com o meio de campo frouxo na marcação a retaguarda coxa-branca foi colocada em cheque e o Corinthians se serviu à vontade, mesmo sem ser uma equipe tecnicamente brilhante.
Aliás, Vanderlei Luxemburgo anda operando prodígios com onze
jogos invictos no Timão.
Falhas no combate dos jogadores de meio de campo e mau
posicionamento dos zagueiros deixaram o goleiro Gabriel atarantado e a virada
no placar tornou-se inevitável.
Robson e Diogo Oliveira ainda desperdiçaram chances de gol em dois contra-ataques fortuitos.
Situação complicada do Coritiba, pois se verifica rigoroso
equilíbrio de forças entre os classificados nas primeiras posições na busca de
vagas nos torneios continentais e na desesperada luta contra o rebaixamento
entre os últimos.
O único time que transita alegre e faceiro é o Botafogo, mais sólido na liderança do campeonato do que nos tempos de Nilton Santos, Didi e Garrincha.
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Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...
