Coritiba chega acossado ao final do primeiro turno da Série A
O torcedor coxa-branca tem sofrido todo tipo de provações nos últimos anos e terá nova experiência perturbadora na próxima rodada.
Acontece que o Coritiba chega acossado ao final do primeiro turno da Série A.
Vítima de más administrações, o portal da esperança abriu-se para o clube com a eleição do ex-jogador e respeitado administrador Renatinho Follador Junior, que apresentou proposta com novos métodos e conceitos.
Lamentavelmente, Renatinho foi vítima da terrível pandemia que abalou a humanidade. Assumiu o vice-presidente Juarez Moraes e Silva, que manteve o projeto na parte financeira e administrativa.
Ele não contava, entretanto, com as variantes do futebol. Formou-se uma primeira comissão técnica sob a liderança de José Carlos Brunoro e não deu certo.
A diretoria contratou René Simões e agora chega a uma situação limite para evitar que o time retorne à indesejável zona de rebaixamento na Série A.
O técnico Gustavo Morínigo, que retirou o Coxa da Série B e conquistou o título estadual, tem sido muito cobrado.
Nada mais óbvio, afinal no futebol sempre foi mais fácil trocar um treinador do que onze ou vinte e dois jogadores que não funcionam.
Talvez, um dia, algum algoritmo, consiga convencer os dirigentes que não é desta forma que as coisas funcionam. A meu ver, a chave virou de vez contra o Coritiba na derrota para o Athletico.
Recordemos: o time realizou um primeiro tempo primoroso, dominou amplamente o tradicional adversário, criou pelo menos seis oportunidades reais de gol e não marcou nenhum.
Culpa do técnico ? Não, definitivamente, não. Morínigo fez a sua parte. Os jogadores é que falharam. E continuam falhando.
Jogam bem, jogam mal, às vezes durante a mesma partida. É um grupo disciplinado, mas vira e mexe tem alguém expulso na pior hora. Segue, pois, a linha oscilatória que marca a indefinição do time titular.
Os jogadores têm obrigação de dar uma resposta nesta partida nervosa com o Cuiabá.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...