Coritiba afundou, mas pode iniciar o salvamento
Antes de analisar o momento técnico vivido pelo time do Coritiba é preciso tentar compreender os acontecimentos em série, que atrapalharam o clube nos últimos anos.
Vítima de péssimos dirigentes, o Coritiba há tempos vem oscilando para manter-se na Série A do Brasileirão. Experimentou desgastantes incursões na Série B, apresentando mal sucedidas tentativas de estabilização administrativa e financeira para formar um time à altura de suas tradições.
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Para agravar este período dramático no Alto da Glória, o recém eleito e promissor presidente Renatinho Follador Junior faleceu prematuramente. Sucedido pelo executivo Juarez Moraes e Silva, manteve-se na Série A e ganhou o título estadual no ano passado.
Muito pouco, evidentemente, pela grandeza do clube a pelas expectativas da fiel torcida coxa-branca. Sob nova direção, o Coritiba afundou, mas pode iniciar o salvamento.
O primeiro passo foi a transformação em SAF – Sociedade Anônima do Futebol –, o que já representou o afastamento de diversos dirigentes e executivos das mais diferentes áreas da associação.
Os novos gestores, contratados pelo grupo de empreendedores que assumiu o controle do Coxa, anunciaram planos emergenciais a médio prazo, com otimismo e promessas de investimentos na melhora da qualidade do elenco de profissionais.
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De imediato, o primeiro passo é tentar vencer as duas primeiras partidas no atual Campeonato Brasileiro, depois dos fracassos no Campeonato Paranaense e na Copa do Brasil.
Se conseguir somar seis pontos nos confrontos que terá com Santos e Internacional, em casa, o torcedor pode começar a acreditar em uma possível reabilitação. Para que isso aconteça, contudo, será fundamental a atuação do treinador Antônio Zago e dos jogadores em radical transformação tática, técnica e motivacional do time.
Não pode continuar sendo um grupo indolente, cometendo falhas primárias na defesa, com pouca criatividade no meio de campo e se mantendo ofensivamente quase que exclusivamente pelos gols de Alef Manga.
Será preciso muito mais para o Coritiba voltar a vencer e evitar outro desagradável rebaixamento.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...