Copa do Mundo: Um cenário diferente na torcida pelo hexa
Para quem acompanhou pelo rádio as transmissões das heroicas conquistas do bicampeonato mundial pela seleção brasileira e o surgimento da televisão na festa do tri foi uma benção. Ver de perto craques do nível daqueles que nos tornaram fanáticos por futebol foi arrebatador.
A bola rolou, o tempo passou, veio o penta seguido de 20 anos de decepções e saudades daqueles jogadores inesquecíveis que vestiram a camisa verde e amarela nas cinco Copas vencidas.
Quando ouço alguém dizer que Messi foi melhor do que Pelé, só consigo rir. Nada mais.
Não houve nada igual ou próximo de Pelé como jogador de futebol. E dificilmente surgirá outro com aquele padrão técnico, físico e psicológico.
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O brasileiro, de quatro em quatro anos, respirava futebol. O resultado do jogo da seleção era aguardado com obsequioso silêncio e expectativa.
O fato tinha significado especial, tanto pelo apelo à unidade nacional – “90 milhões em ação, salve a seleção !” – quanto pela possibilidade de o país se destacar no palco dos espetáculos pela arte dos seus meninos de ouro. Entretanto, observamos um cenário diferente na torcida pelo hexa.
Um pouco pela divisão política – jamais se registrou uma eleição presidencial tão acirrada e com diferença mínima de votos ao vencedor – e muito pela tensão social que se instalou desde o começo da pandemia que abalou o planeta.
Mas a bola começa a rolar no Catar e todas as seleções classificadas terão a oportunidade de mostrar suas qualidades.
Sem pretender desempenhar o papel de pitonisa, mas baseado nas observações do desempenho das equipes nos últimos meses, sinto que os favoritos a conquista do título são, pela ordem de entrada no palco: Brasil, França e Argentina.
Porém, a longa experiência me obriga a aguardar o apito inicial, com a apresentação das potencialidades dos principais candidatos, as surpresas inevitáveis de toda a Copa do Mundo e os incidentes próprios de uma partida de futebol.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...