Copa do Brasil fecha o ano com chave de ouro. Dois jogos que prometem muita emoção
Ao nos aproximarmos do final da temporada não dá para reclamar da sorte do futebol brasileiro. Apesar das péssimas arbitragens e do irritante mau uso do VAR, o saldo do ano foi positivo. Impressiona como essa gente consegue ser tão incompetente.
A seleção brasileira perdeu a Copa América para a Argentina, mas classificou-se para a Copa do Mundo; o Palmeiras ganhou o titulo da Libertadores; o Athletico foi bicampeão da Sul-Americana e o Atlético Mineiro recuperou o título nacional depois de cinquenta anos na fila.
Por aqui, o retorno do Coritiba para a Primeira Divisão foi muito comemorado pela sua torcida.
Após uma sequência de quatro partidas sem vencer, o Athletico finalmente voltou a somar três pontos evitando a sua entrada na incômoda zona do rebaixamento.
Não foi uma grande apresentação, mas serviu para sair do sufoco graças ao gol de Pedro Rocha frente ao Cuiabá. Agora o time precisa vencer o juvenil do Palmeiras, na próxima rodada, para consolidar a sua classificação e dedicar-se exclusivamente as finais da Copa do Brasil que fecha o ano com chave de ouro.
Enquanto o Furacão tentará o bi no torneio, o Galo sonha com a tríplice coroa – já foi campeão estadual e brasileiro – e os dois jogos prometem muitas emoções.
Fiquei feliz com o triunfo do Galo, um pouco pela agonia da sua torcida e muito pelo Cuca, o técnico paranaense mais competente de todos os tempos.
Curiosamente eu estava no Maracanã, em dezembro de 1971, quando a equipe mineira ganhou o seu primeiro campeonato brasileiro.
Transmiti a partida pelas ondas média e curtas da Rádio Clube Paranaense e tenho gravada em minhas retinas as imagens de Grapete, Vantuir, Oldair, Dario e outros jogadores que formavam o time dirigido por Telê Santana.
Na vitória de 1 a 0 sobre o Botafogo – que era orientado pelo treinador Paraguaio, antes com passagem pelo Coritiba, e que se tornou nosso amigo nos inesquecíveis bate-papos lá no bar do Pasquale, no Passeio Público – o Atlético Mineiro se impôs do primeiro ao último minuto fazendo por merecer a glória do pódio.
Agora os dois Atléticos se encontram, primeiro no Mineirão, depois na Arena da Baixada.
Haja coração!
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...