Contrastes da dupla Atletiba e decepções generalizadas no futebol brasileiro
Foi um fim de semana daqueles, com melancólica despedida do Coritiba, outro empate do Athletico sofrendo gol nos acréscimos, papelão do Cruzeiro, nova escorregada do Botafogo e o Palmeiras pedindo licença. Sem esquecer do vexame do VAR latino que anulou um gol legal na final da Copa Sul-Americana, em Assunção.
Coritiba se despede da Série B de forma melancólica
Enquanto o Athletico superou três vezes consecutivas o recorde de púbico nos últimos jogos na Ligga Arena, o Coritiba fechou a temporada enterrado na Série B, vaiado pela torcida e com o menor público do ano no Alto da Glória. Para quem assumiu o clube na Série A e vai para a segunda temporada na B do Brasileirão, a empresa que adquiriu os direitos de operação do clube tem muito o que explicar para a gigantesca torcida do Coxa. Ou vai ficar o dito pelo não dito, como se sociedade anônima do futebol fosse apenas um negócio.
Cruzeiro esteve apático em decisão
Esperava-se muito mais do time de Fernando Diniz na decisão com o Racing, mas o que se viu foi um grupo apático, desencontrado e que se submeteu, mansamente, ao domínio dos argentinos. Confesso que fiquei chocado com a falta de técnica apurada, atitude e personalidade da maioria dos jogadores do Cruzeiro.
Botafogo volta a entregar liderança
Ao empatar em casa com o limitado Vitória e entregar, pelo segundo ano consecutivo nas rodadas finais, a liderança do campeonato, de bandeja, para o Palmeiras, que fez a sua parte e venceu como visitante o rebaixado Atlético-GO, o Botafogo deixou a sua torcida atônita. Mas, ainda resta o confronto direto entre os favoritos para o título da Série A.
Athletico vacila de novo no final
Na Fonte Nova, ataque contra defesa com amplo domínio do Bahia sobre o Athletico, uma equipe tecnicamente sofrível, mas com espírito de luta que acabou sendo premiado no segundo tempo com um contra-ataque, em jogada de alto nível técnico do novo ídolo Cuello, que serviu Nikão para a conclusão.
+ Confira os próximos jogos do Athletico no Brasileirão
Quando a rara vitória fora de casa parecia real, eis que o Furacão tomou o gol de empate nos acréscimos novamente, e teve que se contentar com apenas um pontinho na rodada. Desta feita o zagueirão Gamarra chutou fraco, em vez de tirar a bola da área como recomenda todo manual de defensor do futebol, antigo ou moderno, e ela caiu nos pés do atacante baiano que, vaiado como todos, arrematou com sucesso. Quanta mediocridade!
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Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...