Com Athletico x Paraná indefinido, Estadual é vítima da incompetência de governantes
Positivamente estamos vivendo tempos estranhos por conta da pandemia do coronavírus. Mas a Prefeitura Municipal de Curitiba não precisava perder a mão ao ponto de proibir a realização de jogos de futebol no final de semana.
A capital paranaense é a única cidade do planeta impedida de ter futebol aos sábados e domingos. Houve partidas no mundo inteiro, com decisões de campeonatos nacionais europeus e finais de quase todos os campeonatos estaduais brasileiros. Menos em Curitiba.
É provável que muita gente esteja disposta a correr riscos calculados para tentar levar a vida numa boa sem se preocupar com a contaminação da terrível Covid-19.
Mas o momento atual está servindo para mostrar ao mundo todas as fragilidades das políticas públicas e toda a incompetência dos governantes brasileiros no trato da saúde da população.
Não há fiscalização eficiente na periferia e muito menos nas cidades da Região Metropolitana de Curitiba, pois as baladas, as churrascadas e as aglomerações prosseguem. Há falta de leitos nos hospitais e, sobretudo, a suprema vergonha nacional da ausência de vacinas para todo o povo brasileiro.
O Campeonato Paranaense sofre as consequências, tanto que o Athletico se impõe ao Paraná e aguarda a marcação do novo jogo pelas quartas-de-final.
Athletico se impõe ao Paraná e aguarda a marcação do novo jogo
Na Vila Capanema, mesmo com time misto, o Furacão controlou as ações, aproveitou as falhas do adversário e fez 2 a 0 no placar. No primeiro gol um cruzamento preciso de Marcinho complementado com classe por Mateus Babi; no segundo uma falha grotesca da defesa paranista com o goleiro carimbando Léo Citadini e sofrendo o gol.
Gustavinho poderia ter diminuído o prejuízo na cobrança de uma penalidade máxima, mas chutou muito mal por cima da meta do goleiro Santos.
Tecnicamente a partida foi fraca, pois a equipe atleticana alternativa apresenta altos e baixos e o time do Paraná precisa melhorar muito para não decepcionar na série C do Brasileirão que se inicia neste final de semana. Se a Prefeitura deixar.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...