Opinião

As lembranças dos carrascos do Brasil em Copas; Gigghia, Rossi, Maradona…

Por
Carneiro Neto
11/12/2020 12:10 - Atualizado: 29/09/2023 21:16
As lembranças dos carrascos do Brasil em Copas; Gigghia, Rossi, Maradona…
| Foto: AFP

Com as recentes e prematuras mortes do argentino Diego Maradona e do italiano Paolo Rossi voltaram as lembranças dos carrascos da Seleção Brasileira em Copas do Mundo perdidas. Claro que nos vangloriamos – e com toda razão – dos cinco títulos conquistados, dos artilheiros e dos ídolos que conquistaram o planeta graças ao talento e a arte do futebol verde-amarelo.

Mas, diante dos fatos atuais e da queda técnica vertical da equipe brasileira nos últimos anos, vamos tratar dos nossos erros, cicatrizar as feridas e relembrar algozes que nos eliminaram de tantos Mundiais perdidos.

Alcides Ghiggia foi o primeiro, na final do Maracanã, em 1950, quando o Uruguai virou o placar e sagrou-se bicampeão mundial. Até morrer o goleiro Barbosa carregou a pesada cruz pela falha cometida naquela fatídica tarde do Maracanazo, como o jogo foi chamado pelos uruguaios.

Entre triunfos e amarguras chegamos a Copa de 1982, na Espanha, quando a brilhante Seleção Brasileira de tantos craques falhou feio no confronto com a Itália e acabou eliminada. Os galácticos – assim chamados pela imprensa espanhola – sucumbiram na fatídica tarde do Sarriá.

Paolo Rossi assinalou os três gols em Barcelona, mas não podemos esquecer as facilidades proporcionadas pelo volante Cerezzo, pelo zagueiro Luizinho e pelo ala esquerdo Junior.

O mesmo se repetiu quando Maradona destruiu o sistema defensivo canarinho, superando todos os marcadores que se apresentaram e passando a bola, de bandeja, para Caniggia fazer o gol da vitória argentina na Copa de 1990, na Itália. Mas também não podemos esquecer das inúmeras oportunidades de gols desperdiçadas pelos atacantes Muller e Careca.

O francês Zidane ajudou a nos liquidar em duas Copas: na França, em 1998, com dois gols e na Alemanha, em 2006, com grande atuação.  O gol da eliminação foi marcado por Thierry Henry, após a celebre arrumada de meia do ala esquerdo Roberto Carlos.

Não podemos olvidar o papelão na Copa da África do Sul, em 2010, quando Felipe Mello fez gol contra e foi expulso de campo na derrota de virada para a Holanda. O goleiro Julio Cesar também participou com má atuação, no segundo tempo. Os dois gols foram do holandês Sneijder.

O papelão canarinho repetiu-se em 2014 com os 7 a 1 aplicados pela Seleção da Alemanha no Mineirão. Foi uma coleção de carrascos alemães em campo na maior humilhação sofrida pelo time brasileiro em todos os tempos.

Finalmente, a dolorosa eliminação para a mediana Bélgica no Mundial de 2018, na Rússia, com gol do carrasco Kevin De Bruyne.

Já passou da hora de a Seleção Brasileira voltar a apresentar os seus algozes, como foram Pelé, Didi, Garrincha e outros no bicampeonato; Pelé, de novo, com Tostão, Rivellino e outros no tri; Romário no tetra e Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho no penta.

Na próxima Copa, no Qatar, completaremos vinte anos sem título. E os alemães e italianos estão encostando no admirado pódio dos deuses do futebol.

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Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...

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