Empate pedagógico pode impulsionar o Furacão
Os cinéfilos da minha geração recordam do cômico mexicano Cantinflas, que, em uma cena, ao embaralhar as cartas para um joguinho com seus companheiros, perguntou: “Jugaremos como caballeros o como lo que somos?”.
Entendidos nesta parte, não entraremos em detalhes quanto à polêmica arbitragem da partida em que o Athletico empatou com o Estudiantes, na Arena da Baixada.
A meu ver, o resultado, que evidentemente não foi bom para o nosso representante, pode servir como lição para o jogo de volta, em La Plata.
Ou seja, o empate pedagógico pode impulsionar o Furacão.
A dificuldade para a marcação do gol se resume à ineficiência dos atacantes escalados por Felipão: Canobbio, Pablo e Cuello não renderam o esperado. Tanto é verdade que com a entrada de Vitor Roque e Vitinho, o time cresceu ofensivamente. E ainda tinha a opção do excelente Rômulo.
Que Vitor Roque, há um bom tempo, deveria ser o centroavante titular não tenho nenhuma dúvida. Mas falta combinar com Felipão, que insiste com Pablo.
Tecnicamente, o time atleticano é superior ao aguerrido e esforçado Estudiantes.
Daí a possibilidade de confiar na passagem do Furacão para a próxima fase da Copa Libertadores da América.
Se for bem escalado e demonstrar personalidade e gana de vencer, muito provavelmente o Athletico voltará classificado da Argentina.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...