O que o tenso jogo entre Coritiba x Operário tem a ver com Romário
Coritiba e Operário fazem campanhas irregulares na Série B do Campeonato Brasileiro e se enfrentam na próxima segunda-feira (27), no Alto da Glória, para tentar evitar o aumento da tensão entre eles e seus torcedores.
Tanto simpatizantes do Fantasma quanto do Coxa não têm poupado vaias protestos, faixas e outros tipos de manifestações para evidenciar sua contrariedade com o padrão de jogo apresentado na competição. A crise entre torcida e diretoria do Coritiba é mais grave, pois chegou a provocar fortes comentários do principal executivo do clube, Carlos Amodeo, contra os protestos nas últimas partidas.
O novo comandante do futebol coxa-branca, o conceituado Paulo Autuori, está oferecendo oportunidades ao interino James Freitas, mas não descarta a possibilidade de buscar alguém de maior renome no mercado.
O problema é que o tal mercado de treinadores do futebol nacional, assim como o de jogadores, anda muito carente de valores e de profissionais que representem, efetivamente, reforço para o resto da temporada.
Tornou-se comum responsabilizar os técnicos pelos fracassos, mas a dura realidade é que o nível dos jogadores caiu demasiadamente nos últimos anos. Deficiência no trabalho de base, falta de cultura ou de melhor orientação aos futebolistas, interferência dos agentes e, principalmente, o excesso de dinheiro que recebem sem responder à altura dentro de campo tornaram o nosso futebol irregular e de má qualidade.
Até Romário, que está no seu amando América, disse que marcaria dois mil gols se jogasse profissionalmente nos dias de hoje.
“Dentro de campo o meu sucesso seria maior porque os caras são burros para caralho. Correm para caralho. Na minha época o futebol era físico também, sempre foi assim, mas os jogadores eram mais técnicos e muito mais inteligentes. Com certeza eu ia fazer mais de 2 mil gols”, falou o Baixinho ao EFE Deportes.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...