Cenário frustrante da dupla Atletiba no final da temporada
Ninguém pode negar que o ano foi agitado tanto para o Athletico quanto para o Coritiba, mas ninguém deve desconhecer que os resultados em campo foram decepcionantes.
O planejamento do Coritiba foi tumultuado, já que a sua gravíssima situação econômica-financeira, criada e agravada por péssimas gestões anteriores, e pelo lamentável falecimento do presidente Renatinho Follador Junior, nem com a SAF mudou.
Antes, pelo contrário, para quem esperava grandes transformações conceituais, administrativas e, sobretudo, na gestão do futebol, o resultado foi tenebroso.
Gastos excessivos, dinheiro mal aplicado, péssimas contratações e outras falhas risíveis que estão conduzindo o Coxa para mais um rebaixamento.
Ainda mantém chances matemáticas de escapar, mas o próprio apaixonado torcedor já percebeu que dificilmente se dará a salvação.
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Basta observar o comportamento da equipe na maioria dos jogos, com atuações primárias e acúmulo de equívocos táticos e técnicos.
O planejamento do Athletico foi equivocado, pois após a perda bisonha do título da Copa Libertadores da América, em Guayaquil, o mais indicado seria a dispensa do treinador Felipão.
Ele virou diretor de futebol – CEO, Head Coach, seja lá o que for – e Paulo Turra enterrou o time, ganhando apenas o campeonato paranaense e ainda assim com apresentações abaixo do normal para um elenco formado com custo tão elevado.
Claro que a doença do presidente Mario Celso Petraglia atrapalhou tudo, já que nenhum membro da diretoria – amador ou profissional – revelou-se à altura de substituí-lo na parte futebolística.
O Furacão foi eliminado da Copa do Brasil e da Libertadores dentro da Ligga Arena e patina para confirmar o sonho de obter uma vaga no maior torneio continental para o ano do centenário.
Tendo disputado 15 pontos nos últimos cinco jogos, ganhou apenas três, apresentando um futebol paupérrimo.
Os dois representantes paranaenses na Série A terão duas semanas para a recuperação física dos atletas, ajustes e outras providências urgentes para evitar novos tropeços. Cenário frustrante da dupla Atletiba no final da temporada.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...