Copa do Brasil

Grama sintética é desculpa para mau perdedor e Athletico está harmonizado para a final

Por
Carneiro Neto
13/09/2019 13:57 - Atualizado: 29/09/2023 23:23
Técnicos Tiago Nunes e Odair Helmann se cumprimentam após jogo de ida na Baixada
Técnicos Tiago Nunes e Odair Helmann se cumprimentam após jogo de ida na Baixada | Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Athletico e Internacional fizeram um jogo eletrizante, na Arena da Baixada, na abertura das finais da Copa do Brasil.

Não surpreendeu o triunfo atleticano. Até, pelo contrário, confirmou o que praticamente se estabeleceu como tradição: o Furacão é difícil de ser superado dentro de casa.

Alguns atribuem ao gramado sintético, outros à vibração da torcida.

Que os torcedores atleticanos são fervorosos não resta qualquer margem de dúvida. Sempre foram. Aliás, a principal característica do clube é a alma da sua torcida.

Poucos clubes conseguem ultrapassar décadas com poucos títulos sem perder espaço, prestígio e, sobretudo, público.

Pois o Athletico conseguiu esta façanha durante 33 anos de raras conquistas e vacas magras nos cofres do antigo estádio Joaquim Américo.

Foi assim: depois do título de campeão em 1949, alcançado
pelo time que recebeu o apelido de Furacão, o próximo título paranaense só veio
nove anos depois. E foram mais doze anos de espera até a festa de campeão, em
1970, em Paranaguá. E novos doze anos na fila até a conquista de 1982, em cima
do Colorado, e o bicampeonato em 1983, em cima do Coritiba.

Dali em diante as coisas retomaram o caminho da normalidade graças ao trabalho e a eficiência do grupo denominado “Retaguarda Atleticana”. O resto, e o clichê vem a propósito, é história.

Quanto às conseqüências da grama sintética é bobagem. Trata-se de um piso com tecnologia moderna e bem semelhante ao gramado natural. Não passa de desculpa para mau perdedor.

O que o time de Tiago Nunes tem, efetivamente, é organização de jogo.

Ou seja, tanto a formação reserva como a principal atuam dentro do mesmo padrão tático e técnico. Isso é raro acontecer. Mas Tiago Nunes conseguiu compor e equilibrar o elenco, repassando a ideia da sua estratégia de atuação.

Por isso mesmo o time reserva é o atual bicampeão estadual e o time titular está disputando o título da Copa do Brasil.

Voltando ao confronto com o Internacional, foi mesmo uma partida de tirar o fôlego. Jogo corrido, movimentado, disputado até o último minuto. Deverá ser assim, no Beira Rio. O Athletico está harmonizado para a final.

Só precisa jogar com a mesma vontade de vencer e não tentar segurar o empate que lhe beneficia pelo regulamento.

Time que joga para não perder invariavelmente perde; time que joga para ganhar invariavelmente ganha ou, pelo menos, empata.

Próximos jogos do Athletico

  • Athletico x Avaí - 15/9, 11h - Brasileirão
  • Inter x Athletico - 18/9 - 21h30 - Final Copa do Brasil
  • Vasco x Athletico - 22/9, 16h - Brasileirão
  • Athletico x Fortaleza - 26/9, 21h30 - Brasileirão
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Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...

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