O heroísmo do futebol na pandemia e a projeção dos paranaenses no Brasileirão
Começa neste fim de semana o Campeonato Brasileiro em suas quatro divisões. Nas séries A e B os formatos são iguais, com os vinte times de cada divisão jogando entre si em dois turnos, enquanto que nas séries C e D teremos chaves, fases eliminatórias e um minitorneio para chegarmos aos campeões.
Tendo competições superpostas, como Libertadores da América, Sul-Americana e Copa do Brasil, o Brasileirão ficará espremido. No caso do futebol paranaense ainda temos o complicador do campeonato estadual não concluído, o que representa mais prejuízo financeiro e, obviamente, desgaste técnico.
Confira a tabela da Série A do Brasileirão
Times correndo de um lado para o outro e jogando em estádios sem público, cumprindo todos os protocolos e restrições para o combate ao terrível Covid-19. Mais tempo de aeroporto que de treinamento.
Jogadores exauridos e enervados obrigados, além do mais, a
enfrentarem gramados duros, esburacados e irregulares, em cima dos quais a bola
não corre e se torna quase indomável.
O heroísmo do futebol em tempos de pandemia deve ser levado em consideração para qualquer tipo de análise em torno do campeonato que se inicia. O futebol paranaense será representado por oito equipes nas quatro divisões.
Confira a tabela da Série B do Brasileirão
Na D, contaremos com o bem armado time do FC Cascavel, comandado com rara competência pelo técnico Tcheco; o esforçado Cianorte e o Rio Branco, que passou por intensa reformulação após se salvar do rebaixamento no Estadual.
Na C segue a via crucis do Paraná que de time de ponta no passado tornou-se irregular, vítima de más administrações e permanente crise financeira, e caiu para a Terceira Divisão nacional. Apesar do trabalho dedicado do treinador Maurílio o time ainda não convenceu plenamente nesta temporada.
Na B temos o Coritiba de volta, o Operário tentando se afirmar no cenário nacional e o Londrina reconstruindo a sua história. Pelo que se pode observar nas partidas do estadual, o mais preparado, tecnicamente, é o Fantasma, muito bem dirigido por Matheus Costa. O Londrina ainda está devendo melhores atuações e o Coxa constitui-se em verdadeira incógnita.
Confira a tabela da Série C do Brasileirão
Sinceramente não consigo enxergar facilidades para o Coritiba dentro de uma competição com cinco campeões brasileiros que caíram em desgraça: ele próprio, Guarani, Cruzeiro, Vasco e Botafogo. A briga promete ser renhida pelas quatro vagas.
Na Série A o nosso único representante é o Athletico, que vai bem no Estadual e garantiu classificação para a segunda fase da Copa Sul-Americana.
Na despedida do jogador Lucho González, que deixou marca indelével de dedicação e boa técnica na história atleticana, o Furacão goleou o Aucas e mostrou que a dupla Paulo Autuori-António Oliveira conseguiu encontrar o ponto de equilíbrio na escalação do time principal.
O goleiro Santos continua espetacular; Khellven e Abner cresceram nas alas; Tiago Heleno e Pedro Henrique compõem com segurança o miolo da zaga; ainda falta um volante de maior envergadura, mas Richard está quebrando o galho, enquanto que o veterano Jadson e o jovem Cristian começaram a falar a mesma língua com os atacantes.
Nikão e Renato Kaizer são incontestáveis, mas quem anda barbarizando é Vitinho, que se especializou em marcar golaços de longa distância. Resta saber se o atual elenco é suficiente para suportar a carga de quatro competições paralelas.
UmDois e Mauro Cezar vão sortear sete camisas de equipes das Séries A e B do Brasileirão? Quer concorrer? Clique e saiba como ou assista ao vídeo abaixo!
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...