Carência técnica equilibra os times no Campeonato Paranaense
Nem bem começou o campeonato estadual e o time do Paraná já está lutando contra o rebaixamento. De novo. Mudou a diretoria, trocou a comissão técnica, foram contratados um treinador e diversos jogadores, mas quando a bola começou a rolar verificou-se que o panorama não mudou na Vila Capanema.
Como falava o velho e bom Otacílio Gonçalves: “Campeonato estadual só serve para derrubar técnico”. Jorge Ferreira que o diga, pois já pediu demissão do comando do Paraná.
Outro que decepciona a torcida é o Athletico. Um pouco pela falta de ambição da diretoria em lutar pelo título paranaense e muito pela indigência técnica da atual equipe colocada em campo para representar o Furacão.
Confira a classificação do Campeonato Paranaense
O treinador James Freitas também não ajuda. Tanto fez, tanto mexeu no time que cedeu o empate ao frágil União, no último minuto do jogo de domingo, em plena Arena da Baixada.
Defendeu-se afirmando que processou as substituições para colocar um “frescor” no time. Waal, como diria Paulo Francis. Mas a turma de cima da classificação geral está animada.
Ao golear o Paraná, o Operário, que já havia derrotado o Coritiba, assumiu a liderança da competição. O Fantasma manteve a base da temporada passada, contratou alguns reforços e luta, com toda vontade, para conquistar o título.
Quatro clubes aparecem com dois pontos menos do que o líder: Coritiba, Cianorte, Cascavel e Londrina. A carência técnica equilibra os times no Campeonato Paranaense.
Nem mesmo o Coritiba, que praticamente tem jogado com a sua formação principal e com planos de fazer boa figura no retorno à Série A nacional, consegue manter nível técnico aceitável. Antes, pelo contrário, tem jogado na continha do chá e dependido da individualidade de alguns jogadores.
Como foi o caso de Igor Paixão, que assinalou um golaço no sofrido empate com o São Joseense. Sem esquecer que o goleiro Muralha operou prodígios para evitar nova derrota coxa-branca.
O Londrina sonha com o bicampeonato, mas o Cascavel, de Tcheco, promete reagir e o Cianorte surge como a surpresa do animado torneio.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...