Após pausa refrescante, uma volta à realidade da dupla Atletiba
Paralisado por causa das duas partidas da seleção brasileira, o Brasileirão retoma a sua marcha nesta semana. Após pausa refrescante, uma volta à realidade da dupla Atletiba. Menos estafante do que o momento vivido pelo Coritiba, o Athletico ainda tem tempo para encerrar a temporada um pouco menos decepcionante.
Após investimento pesado na contratação de jogadores – o maior registrado nos 99 anos do clube – e a aposta no consagrado Felipão, pouco a pouco os sonhos se desfizeram. Primeiro, na perda do título da Libertadores da América, que representaria o máximo na proposta atleticana; segundo, nas duras eliminações dentro da Ligga Arena para o Flamengo, na Copa do Brasil, e para o Bolívar, no importante torneio continental.
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A derrota para o Flamengo, em Guayaquil, entrou para a história como verdadeira oportunidade desperdiçada, pois o adversário atravessava crise técnica e fisicamente estava exausto pelo ritmo de tantas competições paralelas.
E a derrota do Furacão tornou-se inevitável pela infeliz escalação de Felipão, que só colocou Terans na metade do segundo tempo; a demora para colocar um zagueiro na vaga de Pedro Henrique, que havia sido expulso de campo, e a ausência de jogadas elaboradas no ataque para explorar o potencial de Canobbio e Vitor Roque.
As falhas defensivas se repetiram neste ano e agora a única perspectiva do Athletico é uma vaga na Libertadores da América para o próximo ano. Muito pouco para um time recheado de bons jogadores, mas sem esquema eficiente de jogo.
A torcida coxa-branca está angustiada e toda a movimentação em torno da chegada dos três estrangeiros não chegou a empolgar. Pouco se sabe do verdadeiro estado físico e técnico desses jogadores, pouco se sabe das suas reais funções no desenho tático projetado por Thiago Kosloski e pouco se sabe da reação do restante do elenco com tantas novidades em tão pouco tempo.
Necessitando realizar campanha de time candidato ao título para escapar do rebaixamento, é muito grande o desafio desde o jogo com o Bahia até o encerramento do campeonato.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...
