Que o futebol não é uma ciência exata, todos estão cansados de saber. Mas, os cartolas não precisavam exagerar na dose de má gestão. Entra ano, sai ano, corre dinheiro pelos clubes como água, mas, tecnicamente, a maioria dos times continua irregular e sempre atrás de uma nova identidade.
No momento, a dupla Atletiba está em busca de afirmação dos treinadores e das suas equipes. Claro que o Athletico se posiciona em patamar mais elevado do que o Coritiba. Basta dar uma olhada no numero de participações de cada um nos torneios continentais e nas conquistas de títulos importantes nas últimas temporadas.
Entretanto, com o abandono do projeto de Felipão, que resolveu voltar a ser técnico, o panorama mudou no CT do Caju. Felipão foi cantar no terreiro do Galo. O recomeço tem saído melhor do que a encomenda, pois o ainda interino Wesley Carvalho ganhou a confiança do elenco, redefiniu o esquema de jogo e tornou o time mais leve e, sobretudo, muito mais ofensivo.
+ Confira a tabela da dupla Atletiba no Brasileirão
Porém, assim como na vida, existem alguns obstáculos a serem superados. A linha de zagueiros continua indefinida, entretanto, os alas Khellven e Lucas Esquivel melhoraram o rendimento. Com a lesão de Christian, o meio de campo com Erick, Fernandinho e Vitor Bueno certamente sentirá a ausência do companheiro. Há quem aposte no veterano chileno Arturo Vidal, mas tenho dúvidas. Prefiro acreditar mais no jovem argentino Zapelli. Os próximos jogos, pelo Brasileirão e Libertadores, nos mostrarão a nova realidade.
A torcida coxa-branca voltou a ficar confiante na equipe e mostrou-se exultante após o merecido triunfo sobre o Fluminense. Mas, existe longo caminho a ser percorrido pelo ainda interino Thiago Kosloski e pelos jogadores que revelaram empenho, aplicação e eficiência até pouco tempo desconhecidos pelo ritmo anterior da equipe.
Sob nova direção, as coisas mudaram para o Coritiba, aumentando, consideravelmente, a confiança de que consiga sair o quanto antes da amarga zona de rebaixamento. Os novos dirigentes prometem elevar o quanto antes o Coxa de categoria e, obviamente, o primeiro passo será assegurar a sua permanência na Série A. E, talvez, descolar uma vaga na Copa Sul-Americana para repor o time no circuito internacional.