Athletico viceja com 100 anos de desafios, festas, cantos, gols e muita história
Comemorando 100 anos de fundação o Athletico é uma das maiores expressões populares do país e, ultimamente, do continente, pois se tornou famoso como "El Paranaense" graças as suas constantes participações nas Copas Libertadores da América e Sul-Americana.
O Athletico viceja com 100 anos de desafios, festas, cantos, gols e muita história. Os desafios ficaram por conta das questões políticas e financeiras que permearam o clube durante a sua longa existência e a necessidade de superação após as inevitáveis derrotas ou perda de campeonatos. As festas fizeram parte das grandes comemorações dos gols, dos triunfos e dos títulos com cantos e muita história dentro e fora do campo.
A força das cores atleticanas vem do preto do Internacional e o vermelho do América, que se uniram para a criação do novo clube. O time adquiriu a sua força telúrica com a cor vermelha corada com o preto que poreja.
O hino do Athletico é considerado um dos mais belos do futebol brasileiro, emocionando e orgulhando a sua gente sempre que é executado. As primeiras letras surgiram no calor da conquista do título de campeão paranaense de 1943, quando derrotou o Coritiba duas vezes na decisão extra pelo placar de 3 a 2.
Um repentista gaúcho chamado José Cibelli, que foi trazido pelo presidente do clube, o legendário capitão Maneco Aranha – irmão do famoso ministro getulista Oswaldo Aranha que se tornou secretario geral da ONU – inspirou-se nas comemorações nos salões do Cassino Ahú: "Por duas vezes de 3 a 2 nosso onze abateu vocês, reconheça Coritiba os campeões de 43 !"; "Athletico! Athletico! conhecemos teu valor, a camisa rubro-negra só se veste por amor". Mais adiante, com rara felicidade, Zinder Lins escreveu a letra e o maestro Genésio Ramalho criou a música do hino oficial que eletriza os estádios até hoje.
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Milhões de torcedores se misturaram com dirigentes, colaboradores, jogadores, ídolos e pessoas das mais variadas classes nas dez décadas da vida atleticana. Alguns momentos se destacaram de forma arrebatadora, como a conquista do título de 1949 com o famoso time apelidado de Furacão, o ruidosamente comemorado título de 1970 depois de doze anos na fila ou o bicampeonato de 1982-83, o primeiro tricampeonato estadual em 2002, o título de campeão brasileiro em 2001, o bicampeonato da Copa Sul-Americana 2018-21, a conquista da Copa do Brasil em 2019, mais duas finais de Copa do Brasil e duas finais de Libertadores da América que engrandeceram o clube neste centenário.
A consolidação patrimonial foi a grande vitória dos dirigentes que enfrentaram todo tipo de dificuldade para erguer o CT do Caju e a moderna Arena da Baixada, orgulhando os torcedores eternamente.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...