Athletico vence, Coritiba perde e Paraná sobe com grande atuação
Com a sua fervorosa torcida ressabiada depois de várias decepções na Ligga Arena, o Athletico conseguiu se impor ao Ypiranga, como tem acontecido quando enfrenta adversários de menor envergadura técnica, e classificou-se para a próxima fase da Copa do Brasil.
O uruguaio Martín Varini estreou como treinador e o goleiro Bento reapareceu na meta
atleticana em uma partida durante a qual o Furacão dominou amplamente o frágil rival.
Dentre as chances perdidas destacaram-se a penalidade máxima mal cobrada por Fernandinho e defendida pelo goleiro e, pela enésima vez nesta temporada, um incrível gol perdido por Zapelli.
O argentino dominou a bola, driblou os zagueiros e olhou para a meta a sua frente, finalizando para a linha de fundo.
Zapelli tem muitas habilidade, mas já passou da hora de receber aulas particulares para aprender a fazer gol.
Antes do pênalti perdido, Fernandinho marcou um golaço confirmando a sua excelência como craque refinado na reabilitadora vitória atleticana.
Coritiba leva virada fora de casa
Após dois empates frustrantes em casa o Coritiba jogou com o CRB na esperança de uma recuperação. Abriu a contagem e nos deu a impressão de que liquidaria a fatura, mas pouco a pouco foi perdendo a consistência, cedeu o empate e sofreu o gol da virada no final.
A expulsão de Matheus Frizzo foi contestada, mas acompanhando o jogo inteiro, percebi que aquele segundo cartão amarelo não foi propriamente pelo lance em si, mas pelo conjunto da obra.
Frizzo estava muito elétrico, cometendo faltas e carrinhos desnecessários. Claro que o árbitro errou, afinal a ação do jogador coxa-branca foi natural no lance específico da expulsão de campo.
Robson foi substituído por Figueiredo, um jogador extremamente dispersivo e que não
contribuiu em nada para que o Coxa pudesse garantir pelo menos um pontinho como
visitante.
Torcida do Paraná não deixou o clube morrer
E o Paraná está de volta à elite do Campeonato Paranaense. Foi escrita mais uma página na vibrante história do Tricolor da Vila Capanema. A história de uma torcida que não deixou o clube morrer.
Mais de 125 mil pessoas foram mobilizadas nos três estádios da capital para apoiar o time em uma genial iniciativa de marketing do empresário Carlos Werner, um inveterado paranista com raro talento para mobilizar o povo apaixonado por alguma coisa que valha a pena.
E o técnico Tcheco mostrou que o Paraná não só vale a pena como é um clube viável com ótima campanha na Segundona do Paranaense. Lucão e Liliu barbarizaram com os seus gols, mas a vitória foi de todos os paranistas!
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...