Balanço da rodada: Athletico revigorado; Coritiba desenganado
O Brasileirão recomeçou e para o futebol paranaense este foi o balanço da rodada: Athletico revigorado; Coritiba desenganado. Após uma série de atuações sem brilho, mas mantendo longa invencibilidade na competição, o Furacão surpreendeu positivamente ao golear o Flamengo em campo neutro.
Desta vez, talvez favorecido pela contusão do veterano Vidal, que tem sido escalado como titular sem qualquer justificativa técnica ou tática, o treinador Wesley Carvalho acertou o desenho da equipe que se mostrou superior ao confuso time de Sampaoli.
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Nas poucas chances que o Flamengo teve para chegar a marcação do gol, brilhou o goleiro Léo Linck – mais uma ótima revelação do CT do Caju –, e os dois primeiros gols atleticanos surgiram em boas jogadas. O terceiro foi de pênalti bem batido por Vitor Bueno. Os zagueiros, Hugo Moura e Alex Santana estiveram em bom plano, mas Zapelli e Pablo ficaram devendo melhores atuações.
Com o investimento feito no elenco reunido nas duas últimas temporadas, se tivesse formulado projeto mais inteligente na composição da comissão gestora do futebol, o Athletico poderia ter conquistado algum título expressivo como ocorreu nos anos anteriores.
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Com as estreias do grego Samaris e do argelino Slimani, quem brilhou, logo na largada do jogo, foi o colombiano Sebastián Gómez com um gol de categoria. Mas, infelizmente para o Coxa ficou nisso, pois o Bahia chegou a virar o escore para 4 a 1 em noite tenebrosa do goleiro reserva Luan Polli.
A zaga do Coritiba parecia um conjunto de amadores no confronto com atacantes adversários bem articulados. Luan Polli saiu mal no primeiro gol baiano, largou a bola no segundo, espalmou a bola e foi infeliz na conclusão do lance no terceiro e errou o chute na saída da grande área no quarto.
Houve um gol coxa-branca no final, mas nada que pudesse reduzir a frustração e o desânimo da torcida, que começa a tratar o atual time com cuidados semelhantes a um paciente desenganado. De nada tem adiantado a SAF, o CEO, o Coach, o Head e outros babados: o time continua todo desengonçado e sem apresentar chances imediatas de recuperação no campeonato.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...