Athletico precisa bancar o seu escancarado favoritismo
Antigo frequentador de finais no Campeonato Paranaense e segundo maior ganhador – atrás apenas do Coritiba, que desta feita, foi eliminado antes das partidas decisivas –, o Athletico precisa bancar o seu escancarado favoritismo ao título da temporada.
Bancar significa não perder o fôlego logo nas semifinais, como ocorreu na perda do inédito tetracampeonato estadual ao ser eliminado pelo Cascavel. Significa impor o peso do seu elenco e o retrospecto amplamente favorável até aqui.
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Só que a partida com o Maringá revestiu-se de grande expectativa por diversos motivos. A começar pela utilização do árbitro de vídeo e a opção por torcida única, tanto no tradicional estádio Willie Davies quanto na moderna Arena da Baixada.
Mas o principal é reconhecer no Maringá uma equipe competitiva, bem armada e que, não por acaso, se destaca na Copa do Brasil. Atual vice-campeão da Libertadores da América e com atraente calendário até o fim do ano, o Furacão tem mostrado qualidade técnica sob o comando de Paulo Turra.
Melhorou a mobilidade do meio de campo, se bem que ainda se note a necessidade de um primeiro volante – ou cabeça de área, se preferirem – de maior categoria, e o ataque tem correspondido com a marcação de muitos gols.
O drama está concentrado no miolo da zaga com os gols sofridos nas chamadas bolas aéreas. Parece impossível aparecer uma cabeça salvadora para aliviar o perigo quando a bola é lançada sobre a grande área atleticana.
No outro lado, Cascavel e Operário decidem uma vaga para as finais. Façam as suas apostas sobre quem passa: a Cobra ou o Fantasma?
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...