O Athletico precisa fazer uma atuação impecável para ganhar o título
Nos últimos dias, em todos os lugares que frequento, sempre aparece alguém perguntando sobre as chances do Athletico na final da Copa Libertadores da América.
Vai de desembargador, passando por médico, advogado, empresário, garçom ou pipoqueiro no Parque Barigui no fim de semana finalmente ensolarado e, por isso mesmo, lotado.
Gostaria de ter uma resposta simples e objetiva. Mas se tornou impossível diante das últimas más apresentações do Furacão em contraste com as boas do Flamengo, seja com o time principal ou com o reserva.
Resumindo: o Athletico precisa fazer uma atuação impecável para ganhar o título de campeão, sábado, em Guayaquil.
Terá de jogar o que não vem jogando desde as duas partidas em que se comportou em alto nível e conseguiu eliminar o poderoso Palmeiras.
Depois disso, o relaxamento foi total, ao ponto de chegar a sofrer três gols no primeiro tempo do fraco Bragantino.
Zagueiros experientes como Pedro Henrique e Thiago Heleno com postura de principiantes. Meio de campo frouxo na marcação e sem criatividade. O ataque considerado titular com Cannobio, Pablo e Cuello não jogando nada de novo.
Curiosamente com as entradas de Vitor Roque, Vitinho e Rômulo aumentou a voltagem ofensiva. Alguma coisa anda estranha na intimidade atleticana.
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Como não temos mais acesso aos profissionais como no passado, torna-se difícil formar uma opinião e repassá-la com reduzida margem de erro aos leitores e ouvintes que nos prestigiam.
São apenas entrevistas coletivas dirigidas, com tempo limitado ou comentários anódinos de Felipão. Enfim, certa assepsia da notícia através do site do clube ou assessorias oficiais.
Foi-se o tempo em que trocávamos idéias com treinadores geniais como Tim, Geraldino, Enio Andrade, Borba Filho, Otacílio Gonçalves, Geninho, Rubens Minelli, Antonio Lopes e outros sem meias verdades e com lisura absoluta.
Agora é tudo fechado. O que vale depois do jogo é a voz do dono ou o dono da voz.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...