O pior Athletico dos últimos tempos arrasta o drama para a última rodada
Lamento ter enxergado e alertado sobre os graves problemas do atual time do Athletico desde janeiro, ainda sob o comando do histriônico Osorio. Cuca foi ótima escolha, ganhou o título estadual e somou pontos importantes, mas irritou-se com os erros crassos dos jogadores, pediu demissão e faltou um dirigente inteligente para convencê-lo a continuar. Com Cuca, tenho certeza, a campanha no ano do centenário teria sido muito diferente.
Mas a diretoria conseguiu superar-se neste ano tão simbólico na vida do clube com um acúmulo de decisões equivocadas, ausência de comando direto junto aos membros da comissão técnica e elenco, decepcionando fortemente a fiel e apaixonada torcida que atendeu a todos os pedidos de apoio e solidariedade neste capitulo dramático na longa história atleticana.
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O pior Athletico dos últimos tempos arrasta o drama para a última rodada, pois conseguiu o feito de ser derrotado pela fraca equipe do Bragantino, em plena Ligga Arena lotada, adiando a fuga do rebaixamento para o jogo com o Galo, em Belo Horizonte. Conseguir safar-se é responsabilidade dos profissionais – dirigentes e jogadores – muito bem remunerados que apresentam um trabalho de terceira categoria.
O jogo com o Bragantino foi praticamente uma repetição do que se viu no melancólico empate com o Fluminense: time mal escalado, time sem personalidade, time sem atitude e organização coletiva de jogo e jogadores tecnicamente sofríveis no plano individual.
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A diferença foi que, na partida com o Fluminense, os comandados de Lucho González fizeram o primeiro gol e recuaram permitindo o empate. Na partida com o Bragantino, o despersonalizado grupo que representa atualmente o Furacão foi amplamente dominado desde o apito inicial do árbitro, sofrendo o gol de Eduardo Sasha, sem mostrar qualidade para uma forte reação à altura da expectativa da fervorosa da multidão pronta para apoiá-lo.
Forçou, é verdade, para alcançar o empate ainda no primeiro tempo, mas de forma desorganizada e sem criatividade. No segundo tempo, houve mais empenho e saiu o empate em cabeceio de Erick.
Mas com a defesa toda desarrumada e com o goleiro Mycael fora da meta, Eduardo Sasha liquidou a fatura para desespero dos torcedores, incrédulos diante do que estavam assistindo.
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Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...