Athletico obtém vaga na Libertadores ou a casa cai
Nos últimos cinco anos, em todas as abordagens sobre o desempenho do time do Athletico, parece que estamos em uma feira de emoções.
Escrevendo aqui, falando na rádio CBN ou em inúmeras conversas pessoais por onde ando, percebo certa excitação entre os torcedores atleticanos.
Sim, a palavra adequada é excitação.
Muito a ver com os títulos conquistados, pela frequência em decisões importantes, craques revelados, realização patrimonial e de prestígio internacional da marca do clube.
Por trás do cenário, a figura de Mario Celso Petraglia com certo halo de mistério.
Como se fosse uma esfinge no melhor estilo “decifra-me ou te devoro”.
Ninguém discute o êxito da gestão.
Mas quando a conversa entra nos detalhes, nas escolhas dos treinadores, dos jogadores, enfim no dia-a-dia do futebol, muda o tom.
Algumas críticas são ouvidas, como neste momento vivido pelo clube: depois de ser eliminado da Copa do Brasil, em plena Arena da Baixada, pela maldita retranca de Felipão, e de ter desperdiçado a chance de ganhar a Copa Libertadores da América em uma partida na qual o poderoso Flamengo mostrou-se, física e tecnicamente, claudicante, vem essa sucessão de resultados insatisfatórios na Série A do Brasileirão.
Chegou a uma incomoda situação limite: Athletico obtém vaga na Libertadores ou a casa cai.
Tudo porque alguns jogadores contratados não corresponderam e, sobretudo, porque Felipão simplesmente chega à última partida do ano sem ter consolidado o time titular e apresentado um padrão de jogo definido.
Antes, pelo contrário, nas entrevistas ele se coloca em posição superior.
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Mais parece um comentarista do que o comandante que tem a responsabilidade de encontrar soluções estratégicas.
O respeitado, vitorioso e experiente Felipão simplesmente não conseguiu eleger o chamado “onze titular” e muito menos variações táticas para extrair o máximo de grandes jogadores como Alex Santana, Terans ou Vitor Roque que nem sempre são considerados titulares.
Como o elenco tem limitações, o rodízio excessivo de jogadores inibe a força técnica coletiva que poderia levar o Furacão ainda mais longe em suas propostas de grandeza.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...