Após duas derrotas, o Athletico sente-se obrigado a mostrar melhor futebol
Esse jogo entre Athletico e Flamengo, programado para esta quarta-feira (11), na Ligga Arena, válido pelas quartas de final da Copa do Brasil, com certo atrevimento, eu diria que já se tornou um clássico moderno do nosso futebol.
Basta lembrar que nos últimos anos, o Flamengo jogou mais vezes com o Athletico do que contra Vasco e Botafogo. Sinal de que o Furacão deu mesmo um salto de qualidade e se encontra em um patamar mais elevado no conceito futebolístico nacional e continental.
Contudo, após duas derrotas, o Athletico sente-se obrigado a mostrar melhor futebol. Ou, por outra, ele conseguiu equilibrar-se no primeiro tempo, tanto na virada sofrida no Maracanã, quanto na derrota em Fortaleza.
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Na etapa complementar dessas duas partidas, o time atleticano sucumbiu e praticamente entregou-se em campo. Claro que Wesley Carvalho, seus auxiliares e o tal centro de inteligência do CT do Caju devem estar reunidos permanentemente nas últimas horas.
Compreende-se que na derrota para o Fortaleza foram poupados diversos titulares, repetiram-se as mesmas deficiências defensivas – com destaque à avenida que se abriu na lateral esquerda, por onde Marinho deitou e rolou e Yago Pikachu penetrou para marcar o gol da vitória –, e algumas chances de gol foram desperdiçadas por absoluta imperícia dos finalizadores.
Mas, como foram os titulares que se entregaram mansamente ao Flamengo, na semana passada, no Maracanã, que eles tratem de encontrar um jeito de dar a volta por cima nesta quarta-feira. Pelo menos é o que espera a fervorosa torcida atleticana, que aposta na capacidade de recuperação da equipe exatamente porque confia nos seus principais jogadores.
A zaga é insegura e isso todos já constataram há muito tempo. E nem mesmo o "rei da retranca", Felipão, conseguiu resolver. Do meio para frente, entretanto, desde que estejam suficientemente concentrados, de Fernandinho a Vitor Roque, aumenta significativamente a confiança do torcedor, que promete ajudar no que for necessário. Será tudo ou nada.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...