O que esperar do novo time do Athletico na Libertadores?
Depois de fracassar, em seqüencia, na decisão da Copa do Brasil, na Recopa Sul-Americana e no Campeonato Paranaense, o Athletico reaparece jogando na Copa Libertadores da América. O que esperar do novo time do Athletico?
Bem, para começo de conversa, é preciso saber que o Athletico é, antes de tudo, um estilo. Um estilo de administração centralizada e concentrada em um homem só, com suas virtudes e defeitos. E o estilo do Furacão é inovador, pois, a cada período, tira um treinador da cartola, inventa um gerente de futebol novo e contrata alguns jogadores que mantém o ritmo da equipe nos torneios que disputa.
Alternando boas e más campanhas, mas com saldo positivo nas últimas temporadas, o time se destacou no concerto nacional e ganhou prestígio continental. Mas, o obstinado presidente Mario Celso Petraglia quer mais e indica estar disposto a cumprir a promessa de levar o seu clube ao título mundial antes de o galo cantar três vezes.
É o que posso entender depois desta enxurrada de contratações feitas para este ano. Como estreia na Copa Libertadores com o Caracas, na Venezuela, a torcida aguarda com expectativa a escalação do novo time. E não será por falta de opções que Alberto Valentim deixará de montar um grupo competitivo e, mais importante, criativo.
De saída, o jovem e promissor Bento será o goleiro. Em compensação, tem gente que torceu o nariz com as contratações do veterano zagueiro Dedé e do irregular ala direito Orejuela. A meu juízo, o prata da casa Khellven deveria ser fixado como titular na vaga deixada por Marcinho.
No lado esquerdo, onde Abner se mostra eficiente no apoio, mas deficiente na marcação e na recuperação, o ideal seria uma fusão dele com Dani Bolt, que é melhor marcador, porém, fraco na assistência ofensiva e, sobretudo, nos cruzamentos.
Com Thiago Heleno lesionado, Matheus Felipe é a novidade na zaga, assim como Bryan Garcia, Hugo Moura, Matheus Fernandes e Pablo Silas no meio de campo. Para o chamado setor de inteligência as novidades são Vitor Bueno e Marlos. E, para o ataque, uma coleção interessante: Pablo, Marcelo Cirino, Canobbio, Cuello e Vitinho.
Apertem os devidos cintos, façam as suas apostas, relaxem e aproveitem, pois o novo Furacão começa a ser testado para uma temporada que se apresenta eletrizante para o torcedor atleticano.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...