Mais uma noite mágica do Athletico em Montevidéu
Até parece que o Athletico é um time uruguaio, de tão bem que joga quando atua em Montevidéu. De tantos triunfos, seja frente ao Peñarol ou ao Nacional, o Furacão é respeitado há muitos anos por lá.
Recordo-me de uma apresentação em especial, pela Copa Libertadores da América em 2000, quando o nosso rubro-negro deu um show de bola vencendo o Nacional, no estádio Centenário, por 3 a 1.
Kelly foi o dono do jogo e comemoramos a vitória com um jantar no restaurante do Mercado na capital uruguaia. Agora a efervescente torcida atleticana comemora mais uma façanha, desta feita pelas semifinais da Copa Sul-Americana com o placar de 2 a 1 sobre o Peñarol.
Foi mais uma noite mágica do Athletico em Montevidéu. Tudo começou com o cruzamento de Nikão, que Bissoli desviou de cabeça para Terans, que aplicou uma monumental bicicleta, sem chances ao goleiro adversário.
A partida pegou fogo. Foi um jogão digno das tradições desta competição continental, e o goleador Alvarez Martinez empatou após mais uma saída de bola equivocada do volante Richard.
Mas o Furacão não se abateu. Antes, pelo contrário, desconcertando o mais otimista dos torcedores, partiu em busca do gol da vitória e ele surgiu no rebote da defesa que Pedro Rocha aproveitou com rara inspiração, pegando a bola de primeira e colocando no cantinho da meta uruguaia.
Agora o jogo de volta. Aí a torcida e, sobretudo, os associados atleticanos não aceitam a posição antipática e autoritária do presidente Mario Celso Petraglia que anunciou portões fechados na Arena da Baixada.
Mesmo com os protocolos médicos e sanitários autorizarem e oferecerem segurança suficiente para a volta do público ao estádio.
A reação dos sócios, pelos mais diversos meios de comunicação, é de sentimento de desprezo pela diretoria, afinal estão pagando há quase dois anos as mensalidades em dia sem poder ver o time jogar ao vivo.
Sinceramente, é chocante a falta de consideração e reconhecimento pela fidelidade clubista dos associados.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...