Athletico massacrou e não venceu; Coritiba levou virada do Operário
A torcida atleticana continua amargurada com a impressionante e inédita sequencia de maus resultados dentro da Arena da Baixada. Desta feita o Athletico massacrou e não venceu o Fortaleza, um dos times com melhor campanha na Série A do Brasileirão.
Interpretei como excessivas as vaias endereçadas ao treinador Martín Varini que, bem ou mal, escalou e distribuiu os jogadores de forma a dominar amplamente o adversário em todo o curso da partida.
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O gol do Fortaleza surgiu porque Erick definitivamente não sabe marcar e, portanto, Martín Varini nisso está equivocado em mantê-lo como ala direito improvisado, mas a jogada de Moisés desmoralizou todo o sistema defensivo, já que nenhum outro zagueiro conseguiu interceptar o atacante que passeou pela grande área até chegar a marcação do gol.
O Furacão continuou superior, pressionando, até que Canobbio acertou um chute e empatou a partida. Logo depois o mesmo Canobbio chutou mal e desperdiçou grande oportunidade para marcar. O massacre continuou no segundo tempo e João Cruz foi infeliz ao finalizar, superar o goleiro e vendo a bola bater na trave.
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Agora o Athletico enfrenta o Racing, pela Copa Sul-Americana. Assisti à vitória do Racing sobre o Boca Juniors, em Avellaneda, por 2 a 1, pelo campeonato argentino e achei um time no mesmo nível técnico do nosso representante no torneio.
Pela Série B, debaixo de chuva em Ponta Grossa, portanto com o gramado encharcado, Operário e Coritiba realizaram uma partida tecnicamente fraca, mas recheada de lances pitorescos.
Melhor armado o Coritiba abriu a contagem antes dos 15 minutos em cabeçada certeira de Zé Gabriel após a cobrança de escanteio. Superior em campo, o Coxa desperdiçou a chance de ampliar com um cabeceio errado de Júnior Brumado após cruzamento de Natanael.
Na etapa complementar o jogo piorou muito, talvez pelas condições do campo, mas o Fantasma mostrava dificuldade para furar o bloqueio adversário até que, em cobrança de falta, a defesa do Coritiba abriu e Nathan empatou a partida.
Daí em diante foi o caos em Vila Oficinas, pois os torcedores do Coxa, irados, tentaram invadir o gramado, foram contidos pelo policiamento e no retorno do jogo o Operário amassou, chegando a virada nos acréscimos através de um golaço de Daniel Lima.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...