Athletico mal escalado e sem padrão de jogo, e o Coritiba goleando com facilidade
Na abertura das quartas-de-final do Campeonato Paranaense vimos o Athletico mal escalado e sem padrão de jogo, e o Coritiba goleando com facilidade.
No Estádio do Café, em vez de escalar o time com a sua força técnica máxima – com Zapelli, Pablo e Mastriani – o treinador Juan Carlos Osorio inventou novamente com um ataque decorativo formado pelo limitado Cuello, o dispersivo Canobbio e o desencontrado Di Yorio. Basta conferir o escalte da partida para verificar quantas finalizações o Athletico teve no confronto com o esforçado Londrina.
Talvez mais grave do que o ataque inofensivo, tenha sido o mal aproveitamento do quarteto do meio de campo com Fernandinho, Erick, Felipinho e Christian. Todos bons e testados jogadores, mas que não produziram absolutamente nada, especialmente no caricato primeiro tempo atleticano.
Tudo pela falta de padrão de jogo, triangulações, jogadas ensaiadas para municiar o ataque e atitude de superioridade sobre o adversário que não investiu nem 10 por cento do que o Furacão gastou para este ano do seu Centenário.
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A derrota castigou os jogadores pela preguiça em campo, mas, sobretudo, Osorio que foi dispensado pela diretoria que tem falhado muito desde que o presidente Mario Celso Petraglia adoeceu. Não dá para errar na escolha do próximo técnico sob pena de o time naufragar nas competições estadual, continental e nacionais.
O Coritiba, que sofreu forte abalo emocional pelos últimos acontecimentos, dentro de fora do campo, conseguiu se recompor e aplicou uma goleada de 4 a 0 sobre o Cianorte antecipando a sua passagem para as semifinais do campeonato.
Leandro Damião estreou marcando gol e Robson voltou a ser decisivo com dois gols assinalados para a alegria da torcida coxa-branca, machucada pelo insucesso da equipe na recente eliminação da Copa do Brasil.
Guto Ferreira terá um bom tempo de preparação para a fase decisiva da competição, ao mesmo tempo que recompõe o desenho do time para o grande desafio da série B do Brasileirão.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...