Grande vitória do líder Athletico sobre o poderoso Palmeiras
Os jogadores do passado foram acostumados a vestir a camisa dos seus clubes com respeito e responsabilidade, por isso era considerado pecado capital sofrer gol do adversário depois dos 40 minutos do segundo tempo. Eles lembram até hoje que a palavra chave era “A bola furou”. Hoje em dia, o novo normal parece ser entregar o ouro no final dos jogos.
Pois as torcidas do Coritiba e do Operário frustraram-se com gols levados por descuidos imperdoáveis quando a recomendação é de segurar a bola longe da área para manter o time rival sob controle. Mas como é que os treinadores vão conseguir entrar na cabeça dos seus comandados se eles se acham o máximo.
Na partida em Ponta Grossa o zagueiro Alemão cometeu o exagero de dar um carrinho desnecessário no meio de campo e acabou expulso de campo. O Operário vencia por 1 a 0, era superior a Ponte Preta e acabou permitindo o empate para tristeza da torcida.
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O Coritiba apresentava-se de forma equilibrada e tinha o Avaí sob controle tanto que o técnico interino James Freitas estava satisfeito com o empate em Florianópolis. Mas que nada, nova bateção de cabeça dos zagueiros e a chance oferecida ao Avaí para ganhar o seu primeiro jogo no campeonato.
Quem fez a festa foi o Paraná ao golear o Apucarana, pela série B do estadual paranaense, com 24 mil pagantes no Alto da Glória. Estão de parabéns os incentivadores do clube que idealizaram essa genial estratégia de marketing para recuperar a imagem do Tricolor.
Agora vamos tratar de futebol de série A: com personalidade, bem distribuído em campo pelo técnico Cuca e com o objetivo claro de finalmente ganhar uma partida fora de casa contra o poderoso Palmeiras, o Athletico deixou a crônica esportiva nacional de queixo caído.
Bento arrasou defendo uma penalidade máxima, o Furacão fez dois gols e teve outras oportunidades, o sistema defensivo comportou-se soberbamente na continua pressão do Palmeiras e Fernandinho gastou a bola, contagiando os companheiros em uma performance marcante mesmo com um homem a menos.
Quando um treinador consegue arrancar talento na alma dos jogadores até então irregulares como Canobbio e Cuello, é sinal mais do que indicativo da sua capacidade motivacional e de organização de grupo. Mas todos os demais também deram o máximo nesta atuação soberba em Barueri.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...