Athletico irrita a torcida, mas vai temperando a temporada centenária
Como não planejou a comissão técnica e o grupo de jogadores de maneira competente para o ano do centenário, a diretoria do Athletico conta, provavelmente, com a variação de comportamento da equipe conforme o tipo de adversário nas três competições paralelas.
Claro que se tivesse sido mais eficiente na formação do elenco, mesclando jogadores jovens com outros mais experientes – se Fernandinho tivesse um companheiro no meio de campo com a categoria e a vivência do Everton Ribeiro, por exemplo, que tem feito a diferença no Bahia –, o Furacão não teria trocado tanto de treinador em apenas sete meses.
Mais grave ainda não ter conseguido segurar um profissional da estatura e da competência de Cuca e muito menos o badalado CEO Alexandre Leitão, um dos mais respeitados do mercado. Para completar a crise, o CT do Caju derreteu com a dispensa em massa de observadores, cientistas esportivos, técnicos, etc.
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O time do Athletico irrita a torcida, mas vai temperando a temporada centenária graças a Copa do Brasil e a Sul-Americana. De líder do Brasileirão por algumas rodadas a uma campanha decepcionante foi um pulo, mas o importante a esta altura, com fé e boa vontade dos torcedores, é conseguir pelo menos uma vaga na próxima Libertadores.
Mas nos dois torneios mata-matas, as chances de sucesso aumentam consideravelmente. Um pouco pelo padrão técnico dos adversários, especialmente na Sul-Americana, e um pouco pela forma como o próprio time atleticano encara os compromissos, sem margem para erros primários como tem acontecido no Brasileirão.
O uruguaio Martín Varini está desafiado a cometer o menor número de equívocos nas substituições, afinal, o jogo no Beira-Rio estava ganho, mais próximo do terceiro gol do que de sofrer o empate, mas, com a saída de Fernandinho, o Athletico transformou-se em um timinho retranqueiro e sem personalidade. Deu no que deu, com mais um papelão nos acréscimos do tempo de jogo.
Carneiro & Mafuz
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...